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Greve de professores ganha fôlego na região
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
25/06/2008 | 07:10
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A greve da rede estadual de ensino chega hoje ao oitavo dia e avança pelo Grande ABC. Escolas afastadas têm número reduzido de professores em aula em comparação com as regiões centrais. Já a reclamação dos pais se concentra na falta de informação.

A Secretaria da Educação diz que apenas 2% dos docentes estão parados no Estado, e divulgou ontem que abriu a negociação sobre pontos específicos do decreto 53.037, que prevê limites às transferências entre escolas e avaliações periódicas. A medida é alvo de críticas da Apeoesp (Sindicato do Ensino Oficial de São Paulo).

Lideranças sindicais dizem que metade dos professores está fora das salas de aula na região, exceto em São Bernardo (70%) e São Caetano (2%).

As áreas mais afastadas têm contado com maior adesão ao movimento. Apenas as classes da 7ª série da EE Clorinda Ciampitti Perrela, em Mauá, funcionaram na manhã de ontem - mas com poucos professores e alunos. A 8ª série ficou vazia.

Grupo de seis adolescentes aguardava o sinal das 12h20 para deixar a EE Leiko Akaishi, em Ribeirão Pires. Eles foram os únicos a estudar pela manhã. Com poucos professores entre os grevistas, o colégio foi alvo de protesto dos próprios estudantes, solidários à paralisação estadual.

Na EE Antônio Caputo, em Riacho Grande, faltavam professores e muitos pais estavam em busca de informação na porta do colégio. A situação se repetiu em Diadema, na EE João Ramalho, parada à tarde, onde responsáveis foram aconselhados a voltar com as crianças apenas na segunda-feira.

A dona-de-casa Antônia Maria Simeão, 59 anos, estava irritada enquanto aguardava o neto sair da EE José Carlos Antunes, em Santo André. "Ficamos perdidos, sem saber se devem vir", disse. Um cartaz do lado de fora informava de forma lacônica que os alunos do período da tarde seriam mandados embora para casa mais cedo.




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