O cartão DaHora, novo sistema de bilhetagem eletrônica de ônibus em Mauá, deverá ser implantado nas linhas do Lote 1 (operadas pela Viação Cidade de Mauá) somente na próxima semana. Segundo o proprietário da empresa, Baltazar José de Souza, as novas catracas ainda estão em fase de teste.

O empresário nega que tenha havido atraso no início da operação que, segundo a Prefeitura, deveria ter começado ontem. "Há um equívoco aí. Ontem (segunda-feira) era para ter começado os testes, o que de fato ocorreu."

Souza criticou a implantação do novo sistema. "O edital de licitação do Lote 1, que nós ganhamos, não previa esse cartão. O edital foi mudado", protestou.

Na opinião do empresário, o modelo de bilhetes eletrônicos usado pela Viação Cidade de Mauá deveria ser implantado no Lote 2 (operado pela Leblon), e não o contrário.

O proprietário da empresa cita o imbróglio judicial envolvendo a Leblon para reforçar as críticas ao DaHora. "A Cidade de Mauá, que opera as linhas de forma legítima, está tendo de se enquadar na empresa que opera clandestinamente."

No fim de novembro o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) anulou a vitória da Leblon no certame e determinou que a licitação para o Lote 2 fosse julgada pela Justiça de Mauá.

Com a decisão, as outras duas concorrentes, Estrela de Mauá e Transmauá voltaram à disputa.

A Leblon, por sua vez, garante que permanecerá na cidade. "A Justiça de São Paulo anulou a desclassificação da Transmauá e Estrela de Mauá, mas não anulou a vitória da Leblon", diz a companhia, em nota.

PASSES EM PAPEL
A Viação Cidade de Mauá garante que nenhum passageiro da empresa deixará de ser transportado, mesmo que não consiga implantar o DaHora até o dia 10, data em que expira a validade dos vales impressos. Mais uma vez a Prefeitura foi procurada, mas não se manifestou.