Quando a rodada deste final de semana acabar, o São Paulo poderá estar com uma mão na taça do Campeonato Brasileiro. Para isso, precisa de uma vitória diante do Grêmio, às 16h no Olímpico (com Globo e Record), para abrir uma vantagem de 11 pontos, a oito jogos do final da competição. Aí, então, o Tricolor fica apenas na mão da matemática.
Líder do campeonato e com uma seqüência positiva, o time do Morumbi sabe que a tarefa não é das mais fáceis. “Se ganhar em casa já foi complicado, imaginem no Olímpico”, disse o comandante Muricy Ramalho, que tenta, a todo custo, manter os pés dos jogadores no chão, sem qualquer tipo de comemoração antecipada.
No primeiro turno, o São Paulo bateu o Grêmio no Morumbi por 2 a 1, conquistado de virada, diante de um adversário que ficou desde o primeiro tempo com um atleta a menos em campo.
Pior que isso são os números. O Grêmio, em casa, só perdeu uma vez neste campeonato. E foi para o Vasco, na quarta rodada, há mais de cinco meses. O aproveitamento é de 83%, resultado de 11 vitórias e dois empates. Além disso, tem uma torcida fanática, que desde a quarta-feira esgotou todos os ingressos para esse jogo.
Contra o São Paulo, o tricolor gaúcho tem três desfalques por suspensão. São eles o lateral-direito Patrício, o zagueiro William e o volante Jeovânio. Entram, respectivamente, Alessandro, Maidana e Sandro Goiano. “Nosso time continuará com a mesma forma de jogar, mesmo que mudem alguns jogadores”, disse o argentino Maidana.
Os paulistas também mudam o time, mantendo a forma de jogar e a confiança. Muricy se viu obrigado a improvisar o zagueiro André Dias na lateral-direita, em substituição a Ilsinho, mas não demonstra nenhuma preocupação por isso. “O time está confiante, se achando dentro de campo, atacando com muita organização”, resumiu o técnico, que está próximo de alcançar o maior título de toda sua carreira.
Muricy Ramalho continua, no entanto, adotando o esquema 4-4-2, com duas linhas de quatro, e vai manter Souza no meio-campo e Leandro no ataque. Fabão retorna ao time após cumprir suspensão automática.
“Os dois times são parecidos taticamente. Marcam muito bem e sabem atacar. Os dois times estão jogando um grande futebol e acredito em um grande jogo”, prevê o treinador do time paulista.
A opção de improvisar André Dias poderia dar mais liberdade ao experiente Júnior pelo lado esquerdo. No entanto, o camisa seis deixa claro que não pretende mudar sua forma de jogar devido à mudança no setor oposto.
“Não é possível mais apoiar a todo o momento. Já tenho 33 anos e não preciso estar na frente dez vezes para mostrar que estou bem. O importante é ajudar com qualidade nos momentos que eu for para frente.”, explicou.
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