O São Caetano tem seu pára-raio para enfrentar tempo ruim e trovoadas que poderão surgir no Campeonato Brasileiro. Discreto, mas eficiente, o auxiliar-técnico de Jair Picerni, o atencioso Jair Squarizi, resolve tudo que cai na sua mão de forma que a equipe não seja prejudicada e o futebol renda o esperado dentro de campo. “Aqui eu faço o meio-de-campo”, afirmou o braço direito de Picerni e as duas pernas dos atletas nos momentos em que o tempo pode fechar.

O trabalho não é dos mais difíceis, já que o grupo é formado por pessoas que “querem vencer na vida, têm entusiasmo e alegria”, como ele mesmo define. Mas seu estilo paizão facilita ainda mais. “Eles têm liberdade comigo, com o Jair (Picerni) ficam mais receosos”, disse Squarizi, que tem o poder de coordenar, conciliar e manter o grupo em harmonia.

“É um elenco bom de trabalhar, muito disciplinado”. Squarizi, que está ao lado do treinador há 16 anos, conta que Picerni procura manter os jogadores mais distantes, o que ele entende perfeitamente. “A pessoa que está no comando não pode ser muito boazinha”, afirmou o auxiliar. “Tem a parte profissional, de amigo e irmão. Para tudo isso é preciso afinidade.”

A diferença de temperamento entre os dois faz o tempero certo para o sucesso da dupla. Enquanto o auxiliar se considera “um bonachão”, acredita que o companheiro é “mais duro, autoritário”.