A múltipla exposição se exibirá simultaneamente no Centro Cultural Recoleta (popular), no Museu de Belas Artes (barroco), no Museu de Arte Moderna de Buenos Aires (contemporâneo) e na Fundação Proa no bairro de La Boca e se prolongará até 16 de junho.

Em Buenos Aires será visto quatro dos 14 módulos que integraram a Mostra do Redescobrimento, realizada em São Paulo durante 5 meses de 2000.

Convertida agora em mostra itinerante, estará também nos próximos meses na Grã-Bretanha, Estados Unidos, França e Espanha, embora as exposições se diferenciem segundo cada país.

"A escolha dos módulos é uma seleção existencial: é um povo que vê outro povo. Em Nova York se chamará 'Brasil, corpo e alma' no Museu Guggenheim e será em torno da arte barroca. Na França haverá uma mostra de "artistas contemporâneos", disse Nelson Aguilar, curador-geral da exposição.

O fato de que em Buenos Aires quatro instituições dividem o espaço da mostra não é visto como um inconveniente pelo brasileiro, que entretanto considerou que "será preciso fazer uma síntese conceitual do que se passa".

Por seu lado, Edemar Cid Ferreira, o banqueiro paulista que estabeleceu a megaexposição, assegurou que "a montagem é resultado de um amplo intercâmbio entre curadores e autoridades culturais dos dois países e representa a importância com que o Brasil vê a Argentina e o reconhecimento desta em relação ao nosso patrimônio cultural".

No Museu de Belas Artes, a mostra de arte barroca oferece santos, virgens, anjos, altares, candelabros, mesas que vão desde o século XVI ao XVIII, a maioria de autores anônimos, entre 60 mil flores de papel violetas e amarelas, feitas por crianças argentinas de orfanatos.