A seleção feminina de handebol equilibrou o jogo contra as ucranianas e teve chances de vencer, mas errou nos momentos decisivos e acabou derrotada por 21 a 19, nesta quinta-feira, pela segunda rodada das Olimpíadas de Atenas. O próximo desafio das meninas será contra a forte Hungria, no sábado, às 15h30. Ucrânia e Hungria lideram o Grupo A, com 4 pontos, dois à frente de Brasil e China – apenas a Grécia não pontuou. Só as quatro melhores seleções da chave passam às quartas-de-final.

"O placar foi baixo, o que mostra que a defesa foi bem, mas faltaram jogadas de ataque", disse o técnico Alexandre Schneider. "Hoje o Brasil é uma realidade, como já tinha mostrado no Pan-Americano."

As meninas tiveram um início animador contra as ucranianas e abriram 3 a 1 no placar. Os destaques ficaram por conta dos arremessos certeiros da armadora Chicória e das boas defesas da goleira Chana, que impediu um tiro de sete metros. Mas o bom começo de jogo ficou para trás na medida em que os erros de finalização começaram a aparecer.

Aos 21 minutos, após uma exclusão por dois minutos da pivô Daniela Piedade, as ucranianas souberam aproveitar o contra-ataque motivado pela marcação de jogo passivo do Brasil e empataram o placar em 7 a 7.

Enquanto o Brasil perdeu cinco oportunidades de ataque, as ucranianas aproveitaram para virar o jogo (8 a 7). O técnico Alexandre Schneider pediu tempo para recomendar às meninas alterações nas jogadas de ataque.

Chicória voltou a deixar o placar em igualdade e Chana defendeu outro tiro livre. Mas as ucranianas aproveitaram um contra-ataque e uma conversão de sete metros para abrir novamente. A pivô Daniela Piedade marcou por meio de um eficiente deslocamento pela ponta direita, e, após um lançamento em profundidade da goleira Chana para a ponta Viviane Jacques, aos 29 minutos, o Brasil empatou (10 a 10). Mas ainda deu tempo para a Ucrânia fechar o 1º tempo em 11 a 10.

Na etapa final, o Brasil continuou errando passes e finalizações, sucumbindo à forte defesa adversária. Em cinco minutos, a Ucrânia ampliou a diferença para quatro gols. Mas o Brasil cresceu e foi buscar a igualdade.

Aproveitando a exclusão de Olena Radchenko e a terceira defesa de sete metros da goleira Chana, o Brasil empatou em 17 gols aos 18 minutos, com mais um ataque de Chicória. O técnico Leonid Ratner não teve dúvidas e pediu tempo.

Aos 23 minutos, a Ucrânia ficou na frente mais uma vez, 19 a 18, utilizando-se do contra-ataque. Schneider paralisou novamente o jogo para pedir mais ação, já que considerou o sistema ofensivo brasileiro “muito parado”. A ponta Pará vibrou com um belo gol de contra-ataque (19 a 19), mas as ucranianas voltaram a marcar e ainda chegaram ao 21º gol após um erro técnico do Brasil, aos 29 minutos.

"Faltou finalizar melhor. Desperdiçamos chances no ataque e isso ainda permitiu os contra-ataques da Ucrânia", lamentou a goleira Chana.

Apesar da derrota para a Ucrânia, Chana já pensa na próxima fase, pois o Brasil tem tudo para ficar entre as quatro seleções classificadas. "O importante é conseguir uma boa classificação", afirmou.