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Bush ordena tropas a atacarem agentes do Irã no Iraque
Da AFP
26/01/2007 | 17:01
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O presidente George W. Bush ordenou nesta sexta-feira as tropas dos Estados Unidos a atacarem os agentes do Irã no Iraque que apóiem os insurgentes e forneçam armas, num novo sinal de firmeza de Washington em relação a Teerã.

A Casa Branca acusa o Irã, considerado por Bush a besta negra na região, junto com a Síria, de se aproveitar do Iraque para se contrapor à posição americana de condenar o programa nuclear iraniano.

A administração acusa os iranianos de sustentarem os insurgentes e de fornecer-lhes cargas explosivas. A retomada da atividade americana contra as "ingerências" iranianas resultou em sérios conflitos nas últimas semanas no Iraque. "Se alguém tentar enfrentar nossos soldados, nos impedir de alcançar nossos objetivos ou matar inocentes no Iraque, nós os deteremos", afirmou Bush ao se reunir, na Casa Branca, com o novo comandante da força multinacional no Iraque, general David Petraeus.

"Nossa política consistirá em proteger nossos soldados no Iraque", enfatizou Bush.

Bush disse que os Estados Unidos não têm a intenção de atacar o Irã, uma das preocupações dos deputados da nova maioria democrata, mas adotou no discurso contra o Irã o mesmo tom usado contra o Iraque antes de março de 2003. "Esta suposição não é exata", respondeu Bush. "Acreditamos que podemos resolver nosso problema com o Irã por meios diplomáticos e trabalhamos nesse sentido", acrescentou.

De acordo com a edição desta sexta-feira do jornal Washington Post, que cita fontes do governo dos Estados Unidos e dos organismos antiterroristas, os soldados americanos foram autorizados a matar ou capturar os agentes secretos iranianos no Iraque.

A autorização se refere aos Guardiães da Revolução ou a oficiais de inteligência localizados no Iraque, mas não a civis ou diplomatas, explica o jornal.

"A política faz parte de uma nova estratégia ofensiva para reduzir a influência de Teerã no Oriente Médio e obrigar o país a abandonar seu programa nuclear", afirma o Post.

As forças americanas já prenderam dezenas de suspeitos iranianos como parte de uma política de "captura e liberação" destinada a intimidar e evitar uma escalada do conflito.

Antes de liberar os detidos, os soldados americanos fichavam os iranianos com registro da íris, impressões digitais e fotografias.

Em meados de 2006, as principais autoridades do governo consideraram que precisavam ser mais ofensivas nesta política.

O presidente George W. Bush autorizou a nova política de "matar ou capturar" no quarto trimestre de 2006, segundo o Washington Post.




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