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Albergues do ABC abrem mais vagas
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
05/05/2003 | 20:36
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Três cidades da região – Santo André, São Bernardo e Diadema – vão aumentar as vagas em albergues destinados a moradores de rua. Ao todo, 85 vagas a mais estarão disponíveis. A procura pelo serviço cresce com a queda de temperatura. No Grande ABC, porém, apenas São Bernardo possui espaço municipal dedicado à reintegração dos sem-teto ao meio familiar e social. Santo André, Diadema e São Caetano atuam com entidades parceiras e conveniadas. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não possuem serviço de pernoite para sem-teto.

O projeto mais antigo na região foi criado em 1991, em São Bernardo, com o nome de Programa de Atenção ao Morador de Rua. Só em 1997 conquistou a estrutura atual. “Antes apenas distribuíamos cobertores para os moradores de rua. Hoje, o projeto busca reinserir essa população na sociedade”, afirmou Maria da Graça Paçó Barbieri, 54 anos, coordenadora do programa e responsável pela área de Integração Social da Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania).

Um dos pontos-chave do programa é o Centro de Convivência instalado na rua Pedro Jacobuci, no Centro, aberto das 8h às 17h30. No local, os moradores de rua tomam banho, lavam suas roupas, cortam cabelo e recebem duas refeições ao dia (café da manhã e almoço). Uma média de 60 pessoas, a maioria homens, passa por dia pelo espaço, que funciona como uma porta de entrada para o trabalho de ressocialização. De janeiro a março deste ano, foram feitos 1,6 mil atendimentos. Em 2002, o total de atendimentos foi de 7 mil, dos quais 70 foram encaminhados para a Casa de Integração Social, no Riacho Grande.

A cidade mantém também um albergue noturno na rua Waldemar Campanha, aberto a partir das 17h e que tem capacidade para receber 40 pessoas. “Neste inverno, vamos abrir mais 20 vagas”, afirmou Maria da Graça, que irá investir na ronda noturna nos pontos de concentração dessa população.

Pensões – Em Santo André, o Programa de Atenção à Pessoa em Situação de Rua surgiu em 1997 e trabalha nos mesmos moldes do trabalho realizado em São Bernardo. Das 90 vagas hoje existentes, divididas entre a Casa-Moradia Provisória do Parque Miami, a Casa-Moradia Pedro Américo e mais três serviços de apoio de abrigamento, novas 55 vagas serão oferecidas a partir da segunda quinzena de maio, segundo Márcia Leal de Oliveira, 47 anos, diretora do Departamento de Assistência Social. “Não estamos contando as vagas eventuais em pensões”, acrescentou. Nos próximos dias, Márcia deve concluir o mapeamento feito pela Prefeitura de Santo André e pela Faculdade de Serviço Social de São Caetano que levantou o número de moradores de rua na cidade.

A Transitória Casa do Caminho, mantida pela entidade espírita Luz e Amor, é um albergue que funciona desde 1996 em parceria com a Prefeitura de Diadema. Atualmente, 30 pessoas são assistidas. “Iremos dispor de mais dez vagas neste inverno”, afirmou a presidente da entidade, Rosa da Cunha de Souza, 48 anos. O atendimento é das 18h30 às 7h, com direito a banho, jantar e café da manhã.




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