``Depois de 20 anos nos corredores da ONU, entendo que a Declaraçao dos Direitos Humanos foi feita para defender os indivíduos e nao as comunidades', disse, ao discursar de um debate cultural realizado no Auditório de Galícia, explicando que ela mesma trabalha atualmente num projeto da ONU sobre o tema.
Para ela, deveria existir uma Declaraçao Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, em que figure a ``especificidade das culturas indígenas'. ``Nenhum tribunal tem sido justo com os indígenas', o que torna essencial uma convençao que ajude os Estados no cumprimento da lei, disse ela, antes de alertar sobre os prejuízos do ``militarismo e do autoritarismo' aos povos latino-americanos.
Para Rigoberta, o que ela classificou de ``cultura da ignorância' atinge milhoes de pobres, os meninos de rua e as vítimas da Aids, os povos indígenas, entre outras minorias.
A dirigente indígena foi agraciada na quinta-feira com o Prêmio León Felipe pela Justiça, que receberá em 5 de outubro, em Madri, junto com outras 11 personalidades internacionais que se destacaram nas mais diversas áreas, sociais ou culturais.
Rigoberta Menchú foi escolhida por ser uma mulher ``representativa da consciência moral de uma Guatemala com ânsia de viver em dignidade, em conciliaçao nacional e em paz'.
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