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Israel confirma morte de brasileiro em Ramallah
Do Diário OnLine
24/11/2004 | 13:42
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A embaixada do Brasil em Tel Aviv confirmou nesta quarta-feira a morte do gaúcho Mohammed Ghassan Mussa, 22 anos, assassinado por soldados junto com dois outros homens em Ramallah (Cisjordânia), no último domingo (dia 21). O Exército de Israel alega que Mussa era membro das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa – braço armado do grupo político Fatah, fundado por Yasser Arafat. A família do rapaz, que mora em Porto Alegre, nega as acusações.

Segundo as autoridades israelenses, Mussa seria Mohammed Ghassan al-Sheikh, um líder local das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa. A família, porém, afirma que ele era um ativista contra a ocupação israelense, mas sem qualquer envolvimento com o terrorismo.

O Exército israelense, em comunicado oficial, afirmou que Mussa e seus dois colegas trocaram tiros com soldados quando o veículo em que viajavam foi abordado na região de Bitunia, no sul de Ramallah. Ainda de acordo com o documento, eles foram mortos no “revide” dos militares.

Mohamad Hassan Mussa, de família palestina, nasceu em Porto Alegre e mudou-se para Ramallah ainda criança. Apesar da dupla cidadania, ele não procurou a representação brasileira em Israel para renovar seu passaporte. Segundo informações passadas pelo embaixador Sérgio Moreira Lima, o rapaz só foi identificado após uma busca no registro que o órgão tem sobre os brasileiros que moram na Cisjordânia.

Entrevistado pelo jornal O Globo, o cineasta Kais Mussa, primo de Mohamad, cobrou providências do governo brasileiro. Ele exigiu que Israel prove o envolvimento do rapaz com grupos terroristas.

Segundo as autoridades israelenses, Mussa – identificado por elas Mohammed Ghassan al-Sheikh – participou do planejamento e execução de atentados contra militares e civis judeus em Jerusalém e Beit Zieit (ambos em 2002), entre outras ações. O gaúcho já era procurado por Israel por suas supostas ligações com o terrorismo palestino. Ele teria passado alguns meses refugiado na Muqata – o quartel-general que abrigava Yasser Arafat em Ramallah – para não ser preso.




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