A Bovespa fechou em queda ontem, após oscilar entre os campos positivo e negativo, acompanhando o movimento indefinido dos pregões norte-americanos. Os investidores continuaram avaliando a medida anunciada anteontem pelos principais bancos centrais internacionais, liderados pelo norte-americano Federal Reserve, para prover liquidez ao mercado de crédito.

No entanto, o comportamento da paridade euro-dólar e dos preços do petróleo pesaram sobre as operações em Nova York, respingando no mercado local. No quadro doméstico, o resultado do PIB agradou, mas já estava no preço.

Nesse cenário, o Ibovespa encerrou com decréscimo de 0,31%, aos 62.176,6 pontos. Ao longo do dia, o indicador variou da mínima de 62.022,22 pontos (-0,55%) à máxima de 63.036,2 pontos (+1,07%). O volume financeiro totalizou R$ 5,294 bilhões. No acumulado do mês, o índice registra queda de 2,07%, alcançando um declínio de 2,68% no ano.

“Ontem (terça-feira), os mercados melhoraram muito em razão da injeção de recursos anunciada por diversos bancos centrais ao redor do mundo, mas, hoje (ontem), os investidores estão avaliando se ‘compram’ as medidas como um evento positivo ou negativo”, disse o superintendente da Banif Corretora, Raffi Dokuzian.

De acordo com o especialista, o clima no mercado continua muito nervoso, com os participantes considerando que os problemas permanecem.

Ontem, Petrobras e Vale, que juntas respondem por pouco mais de 30% da carteira do índice paulista, fecharam em queda (com exceção de Vale ON) mesmo com os preços do petróleo batendo recordes (veja texto ao lado) e as commodities metálicas verificando valorização no Exterior. Petro PN caiu 0,48% e Petro ON recuou 0,31%. Vale PNA recuou 0,39%, mas Vale ON subiu 0,99%.

O novo recorde na cotação do euro em relação ao dólar ajudou a manter o viés mais cauteloso nos negócios. O euro superou pela primeira vez o nível de US$ 1,55 e renovou seu recorde em US$ 1,5572.