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Meninos do Santos descartam ‘tremedeira’ na final
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
14/12/2002 | 18:37
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“Tremer, nunca”, é o lema do atacante Robinho e de todos os Meninos da Vila que neste domingo buscam o título do Campeonato Brasileiro diante do Corinthians, às 17h, no Morumbi, e a chance de entrar para a história do Santos, que não conquista uma competição importante há 18 anos. Embora jovem, o time conseguiu deixar para trás as dificuldades no Brasileiro, reverteu todas as vantagens dos adversários nos playoffs e repetiu o feito na primeira partida final contra o alvinegro do Parque São Jorge: venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e pode até perder por um gol de diferença neste domingo que fica com a taça.   

Os dois jogadores mais velhos são Léo e Alberto, com 27 anos. O resto do grupo tem idade muita baixa, o que transformou o elenco na grande surpresa da competição. Os jogadores trocam as palavras por sinônimos e dizem que o sentimento é de ansiedade.   

“Estamos prontos para tudo”, disse o meia Elano. “Mentalizamos bem aquilo que precisamos fazer no jogo e espero que tudo vire realidade domingo. Estamos confiantes, respeitamos o adversário, mas temos certeza de que esse será o jogo de nossas vidas”, afirmou.   

A opinião de Elano é repetida por todo o elenco. “O coração bate forte. Chegou a hora de conseguir um título para o Santos e a oportunidade está nas nossas mãos”, disse Robinho.   

O meia Renato entende que o Santos fez por merecer estar na final e que agora é o momento de coroar esse esforço com o título. “Foi o trabalho que nos ajudou a ter tranqüilidade para acreditar que podemos. Trabalhamos duro, mas o sacrifício é válido”, disse o jogador, que não tomou nenhum cartão amarelo na competição. “Se precisar tomar, vou tomar. Nunca fiz corpo mole por isso. O que eu quero é ajudar o Santos a conquistar o título”, afirmou Renato, o único que poderá ganhar o prêmio total de R$ 40 mil pelo título por ter participado de todos os jogos do Santos no Brasileiro.   

O técnico Emerson Leão acredita na sua garotada e só pensa no seu time, até como estratégia para matar o Corinthians neste domingo. “A maneira de explorar o adversário é não falar dele, evitar polêmicas. Se chegamos até aqui sem alarde, sem propaganda, vamos continuar assim”, disse o treinador, que lembrou das dificuldades da equipe durante a competição. “Nossa rotina é correr atrás. Temos de continuar assim”.   

Para alcançar o objetivo maior, a conquista do título, o capitão Paulo Almeida entende que seu time precisará jogar com inteligência porque sabe que, além de marcar bem, o Santos também é ofensivo. O time leva a vantagem de ter vencido a primeira partida por 2 a 0 e, assim, pode perder até por um gol de diferença. “Precisamos de inteligência. A situação é semelhante a das fases anteriores. Nos jogos contra São Paulo e Grêmio, abrimos vantagem no primeiro jogo e soubemos jogar da melhor forma no segundo”, disse.




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