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Técnicos acham pontos explosivos no Barão de Mauá
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
26/08/2001 | 20:28
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Técnicos da Prefeitura de Mauá e da Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental) mediram neste domingo no Residencial Barão de Mauá a incidência de gases em 80 pontos de concentração nas saídas de caixas de esgoto, galerias de águas pluviais e drenos que captam os gases, e encontraram dois pontos de explosividade. Em um dos drenos, o medidor apontou em 100% a presença de gás metano. “Para haver uma queima neste ponto basta uma faísca”, disse o engenheiro Eduardo Milaneli, da Prefeitura de Mauá.

O engenheiro Milaneli explicou, porém, que a queima seria mantida até acabar o gás e dificilmente haveria uma explosão. “Ocorreria o mesmo que acontece em lixões, onde o gás queima. Mesmo com 100% de inflamabilidade deve haver uma grande concentração de oxigênio embaixo da terra, mas isso é muito difícil de acontecer.”

“Numa distância de 3 cm do primeiro ponto, que acusou índice de 20% de explosividade, não foi constatada a presença do metano devido à dispersão no ar atmosférico. Isso é positivo, levando-se em conta que não foi detectada a presença de nenhum outro hidrocarboneto, incluindo o benzeno”, afirmou Milaneli.

O engenheiro da Prefeitura ainda encontrou alguns pontos abertos da medição feita pela CSD-Geoklock, empresa contratada pela SQG Construções para avaliar a incidência de gases no subsolo do condomínio. Com base neste dois locais de explosividade, e nos locais de monitoramento da Geoklock, Milaneli notificou a SQG a tomar algumas medidas.

“Pedi que esses pontos de medição da Geoklock sejam cobertos para evitar que alguém jogue um fósforo aceso, por exemplo. Nos locais de dreno solicitei que a SQG faça alguns buracos como respiro para evitar que o gás atinja os 100% de explosividade”, disse Milaneli.

SQG – O engenheiro da SQG, Pascoal Gullo, afirmou que, ainda hoje, providenciaria as alterações solicitadas pela Prefeitura e explicou que os respiros, onde a incidência de gás é maior, são vigiados 24 horas por seguranças da empresa. “A única medida tomada até agora para remediar a área é a liberação dos gases por meio de respiros. O metano, segundo determinação da Cetesb, tem de ser tratado com um filtro de carvão ativado antes de ser liberado para a atmosfera, mas isso ainda não está em funcionamento, até o momento colocamos os exaustores e fizemos as medições.”




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