A Grã-Bretanha pediu à CIA (Agência Central de Inteligência americana) que interrogasse os suspeitos de terrorismo que mantém detidos em locais não revelados para buscar os cérebros dos atentados de Londres.

"Os investigadores britânicos acreditam que vários dos possíveis terroristas detidos pela CIA podem ter informações cruciais relativas aos acontecimentos de Londres", afirmou o jornal britânico, The Times.

Um dos detidos de grande interesse é Abu Faraj al-Liby, possível chefe de operações da rede terrorista Al Qaeda, enviado aos Estados Unidos após sua detenção no Paquistão em 2004.

"É claro que precisamos saber qual ameaça de atentados persiste e solicitamos a ajuda de nossos aliados estrangeiros, inclusive se seus métodos de interrogatório não são tão escrupulosos como os nossos", descreveu um investigador do Times.

Os suspeitos estão detidos em locais secretos, em alguns casos fora dos Estados Unidos e desprovidos da proteção das leis americanas, o que provocou protestos de grupos defensores dos direitos humanos, que denunciam que alguns são torturados nos países onde estão detidos antes de serem entregues à CIA.

A Polícia britânica tenta achar os responsáveis intelectuais dos atentados de sete de julho, que deixaram 56 mortos na capital britânica, e dos realizados em 21 de julho, que não deixaram vítimas já que as bombas falharam.