EM VERSOS

Corinthians, sempre leal adversário, ostenta com orgulho a faixa de campeão... do IV Centenário.

Marcha composta para enaltecer o título corintiano. Composição de Alfredo Borba e Orlando Ribeiro.

Soltei um mosqueteiro no gramado pra ser chamado Corinthians do Centenário bicampeão.

Samba interpretado por Jamelão.

POR QUE NÃO?

Seria de toda justiça que os seus 11 campeões fossem imortalizados numa placa de bronze colocada no imponente estádio.

Luiz Martins, em crônica publicada no Estadão em 8 de fevereiro de 1955.

Estádio do Pacaembu. Domingo à tarde, 6 de fevereiro de 1955. Corinthians e Palmeiras disputam a penúltima rodada do Campeonato Paulista ainda referente a 1954, o ano em que São Paulo, Capital, celebrava o seu IV Centenário de fundação.

Algumas rodadas antes o Corinthians partia célere em direção ao título, com muitos pontos à frente dos segundo e terceiro colocados. Poderia ter levantado o título na Vila Belmiro, frente ao Santos. Era o favorito. Acabou goleado.

Enquanto isso, o Palmeiras, o mais temível dos adversários, desde os tempos do Palestra Itália, começava a ganhar e a jogar muito bem.

O futuro Verdão tinha chances. Mas o Corinthians tinha Luizinho, o Pequeno Polegar. E coube a Luizinho abrir a contagem naquele domingo histórico. O Palmeiras empataria com Ney. Mas o empate servia. E o futuro Timão tornava-se Campeão do IV Centenário.

O jogo seguinte, pela última rodada, seria o da celebração. Coube ao São Paulo colocar as faixas nos campeões, faixas ofertadas pela Rádio Panamericana e que chegaram de helicóptero ao gramado do Pacaembu.

Uma foto é batida. Colorida. Entre os atletas, o técnico Osvaldo Brandão, que obtinha o seu primeiro grande título como treinador e que voltaria a ser campeão pelo Corinthians 23 anos depois, quebrando um longo jejum.

Para a história ficaram Gilmar; Homero e Alan; Idario, Goiano e Roberto; Claudio, Luizinho, Baltazar, Rafael e Simão.

NA OUTRA PONTA...

O São Bento, de São Caetano. Naquele mesmo domingo, 6 de fevereiro de 1955, o Alviceleste recebia o Guarani, de Campinas, no Estádio Anacleto Campanella. Era ganhar ou ganhar, para não ser rebaixado.

Deu São Bento, 4 a 1, com Narciso; Elpídio e Lamparina; Ruiz, Savério e Diogo; Sampaio, Bota, Zé Carlos, Dema e Nelsinho. Zé Carlos (2), Bota e Sampaio marcaram para o São Bento; Piolim para o Guarani.

O Ipiranga já estava rebaixado. São Bento, Noroeste, XV-Piracicaba e Juventus, um deles também cairia. E tudo ficou para a rodada decisiva, a rodada das faixas para o Campeão do IV Centenário.

Crédito das fotos 1 e 2 – Acervo: SCCP

NO PEITO. Domingo, 13 de fevereiro de 1955, Pacaembu. O jogo das faixas. O título do IV Centenário coroou uma das gerações mais vitoriosas do Corinthians que, em cinco anos, foi campeão de três Rio-São Paulo e três Paulistas. No destaque, o Pequeno Polegar

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 5 de fevereiro de 1995 – Edição 8929

DIADEMA – Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, em Eldorado, programava a versão mais moderna da célebre procissão de barcos.

A última procissão festiva ocorrera em 1978.

Padre Adair Angelo Agostin, pároco, faria a benção de 100 imagens de gesso de Nossa Senhora dos Navegantes, a serem distribuídas.

PARANAPIACABA – O fotógrafo Adauto Gonçalves Rodrigues organizava a primeira mostra fotográfica local, uma seleção de 53 imagens de um total de 400.

Crédito da foto 3 – Roxana Varela/Banco de Dados

ADAUTO RODRIGUES. Nascido em Paranapiacaba. Formado pela Escola Panamericana de Artes. Hoje mora no interior

CULTURA & LAZER – Jordanópolis, bairro de São Bernardo, reduto de bandas de garagem.

Difícil andar pelo bairro e encontrar uma rua que não possui pelo menos um instrumentista.

Contabilizados mais de 15 grupos iniciantes, entre os quais: Banda Estigma, Black Sheep, Joy Division Cover, Look Fire, Way Out Off Trail e Chilli Peppers Cover.

Cf. Ricardo Fotios, com fotos de Holdeway A.C.

ELA & ELE – Cabeças da região aderem ao corte Kowi.

Garotos skatistas foram os primeiros a aderir ao estilo de cabeça raspada com franja; modelito também usado por meninas.

EM 6 DE FEVEREIRO DE...

1905 – Petersburgo, 31 (Agência Havas) – A polícia interveio hoje num comício de operárias grevistas, atirando sobre elas. Foram mortas quatro raparigas e ficaram muitas feridas. As fábricas reabriram.

1935 - Lançado nos Estados Unidos o jogo de mesa banco imobiliário (Monopoly), um dos mais populares do mundo.

1955 - Uma antiga árvore, plantada pelo fundador do Rotary Internacional, Paul Harris, na mansão do engenheiro Armando de Arruda Pereira, em São Caetano, era replantada no jardim Primeiro de Maio, na avenida Goiás, a "Árvore da Amizade".

Três composições para o Carnaval 1955:

1 - Disco Voador, marcha de Hervê Cordovil cantada por Carmélia Alves.

2 - Napoleão Boa Boca, marcha cantada por Blecaute.

3 - Vou Gargalhar, cantada por Jackson do Pandeiro.

1970 - Santo André ganhava um restaurante macrobiótico, na Rua Primeiro de Maio.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Hoje é o aniversário de Araruama, no Rio de Janeiro; e Japoatã e Umbaúba, em Sergipe.

HOJE

Dia do Agente de Defesa Ambiental

São Paulo Miki e companheiros

6 de fevereiro

O jesuíta japonês foi crucificado em Nagazaki em 1597 por ordem do imperador pagão, juntamente com outros dois jesuítas, seis franciscanos e 17 leigos. Canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862. A elevação sobre a qual os 26 heróis de Jesus Cristo receberam o martírio ficou conhecida como Monte dos Mártires.

Divulgação: Arquidiocese de São Paulo