Números do Caged indicam que o total de funcionários com carteira assinada do setor cresceu 6,09% em relação ao ano anterior
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O setor da construção civil encerrou 2024 empregando 47.694 trabalhadores com carteira assinada no Grande ABC. O número é do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego. Na comparação com 2023, o que se observa é uma alta de 6,09%, já que em dezembro daquele ano o total de trabalhadores registrados era de 44.952 na região.
No último mês de 2024, o segmento foi marcado por maior número de demissões do que de admissões. Para atuar nas obras do Grande ABC foram contratadas 1.697 pessoas e dispensadas 2.290, o que resultou em um saldo negativo de 593.
No Estado de São Paulo, o setor da construção encerrou o ano passado com um estoque (quantidade total de vínculos trabalhistas ativos) de 791.887 pessoas. Em dezembro foram 30.846 contratações, contra 48.374 cortes, o que resultou em déficit de 17.528 postos.
No País, a construção gerou 100.921 novos empregos ao longo de 2024. Entretanto, em dezembro, a diferença entre admissões e demissões foi negativa, com redução de 89.673 empregos.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) comenta que a queda do emprego na construção no fim do ano ocorreu, em sua maior parte, por trabalhadores que pediram demissão, para viajar às suas regiões de origem. “Normalmente, as admissões voltam a superar as demissões nos primeiros meses do ano, em função da continuidade das obras em andamento e do início de novas obras contratadas”, afirma o executivo.
POR ESTADOS
Além de São Paulo, os Estados que fecharam mais empregos no setor foram Minas Gerais (-12.523), Mato Grosso (-5.950), Paraná (-5.936), Bahia (-5.829), Santa Catarina (-5.772), Rio de Janeiro (-5.241) e Pará (-5.003).
CUSTO
Balanço das indústrias de construção civil indicou 2024 como um ano em que a mão de obra foi fator decisivo para o aumento de custos no setor. Esses valores acumularam crescimento de 6,54% no ano passado, segundo o Sinduscon-SP. O destaque foi o aumento nos gastos com trabalhadores que, segundo a entidade, acumularam alta de 8,56%, enquanto materiais e equipamentos subiram 5,34% e serviços tiveram acréscimos de 3,66%.
A expectativa para 2025 é de novas elevações, pois tanto o custo de mão de obra quanto a pressão com o aumento de preços são considerados como certos pelo empresariado. Para materiais e equipamentos a ação inflacionária virá da manutenção de taxas de juros elevadas, que também dificultam a tomada de crédito para a compra de imóveis, e no aumento de custos de materiais tabelados internacionalmente, como o aço, que tem seu preço fixado em dólar e demanda crescente em todo o mundo.
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