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Posto usa bandeira irregularmente
Deh Oliveira
Do Diário do Grande ABC
09/05/2009 | 07:00
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O posto de combustível da Avenida Lions, em São Bernardo, que se recusou a fazer o teste de qualidade do combustível a um cliente na noite de terça-feira, utiliza irregularmente a bandeira da Petrosul. Segundo a empresa, há um processo na Justiça para que o estabelecimento retire a placa com a marca.

Ao suspeitar do combustível colocado no veículo de sua mulher, devido a falhas no funcionamento do motor do carro, o tributarista A.B.J, de 35 anos, foi até o posto fazer uma reclamação.

Segundo ele, um funcionário propôs que ele trocasse a gasolina do carro, um Citroën C4 Pallas e abastecesse em outra bomba. O cliente não aceitou e pediu que fosse feito o teste do combustível, o que é direito do consumidor.

A solicitação, porém, foi negada, sob o argumento deque nenhum funcionário sabia como era o procedimento, exceto o gerente e o dono,que estavam ausentes.

A.B.J. recolheu amostras do combustível da bomba do posto usada para abastecer seu veículo e também da gasolina que estava no tanque do carro. O material foi enviado para análise no Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo), a pedido do Diário.

O estudo constatou que no recipiente retirado da bomba o nível de álcool estava dentro do normal, com pequena margem de erro considerada aceitável:, 26,8 %. O limite máximo é de 26%.

O combustível retirado do tanque do automóvel registrou percentual de álcool bem acima do estipulado pela legislação: 34%.

O teste realizado pela Sincopetro - denominado GS-1000 - avalia o teor alcoólico na gasolina, sua composição química (se há ou não solventes misturados) e a octanagem, que determinam o rendimento e a explosão proporcionados pelo produto.

A avaliação do combustível do tanque também detectou concentração de benzeno acima do permitido, 2,97%, quando o limite é 1%. Segundo o Sincopetro, o aumento da quantidade dessa substância é consequência direta do alto teor alcoólico na gasolina.

O combustível adulterado provoca, além da queda no rendimento do veículo, inúmeros problemas mecânicos, que podem levar a fundir o motor. Segundo o Procon, o cliente que tiver prejuízos comprovadamente causados pela baixa qualidade do combustível pode entrar com ação na Justiça e pedir ressarcimento.




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