A possibilidade de o vice-prefeito Gilson Menezes (PSB) ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e a discussão interna no PT de Diadema para não apostar em outro socialista como vice fizeram o PSB municipal armar um plano B: lançar candidato próprio ao Parque do Paço e com apoio do ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

Nos últimos dias, intensificou-se a informação de que os vereadores petistas Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, ou José Antônio da Silva assumiriam a vaga de vice na chapa encabeçada por Mário Reali (PT). Com isso, cresceu também a insatisfação no PSB diademense.

O nome lançado pelo partido à Prefeitura seria o do presidente da sigla no município, Manoel José da Silva, o Adelson. Ex-aliado de José Augusto e candidato a vice ao lado do tucano em 2004 e 2008, Adelson teria o filho do ex-deputado, Gabriel de Oliveira Ramos (PSDB), para dividir a chapa, com aval do cacique tucano.

A parceria serviria para dar peso para que a candidatura socialista ganhe fôlego suficiente chegue ao segundo turno. E também agradaria José Augusto, que reluta em aderir à campanha do PV se o vereador Lauro Michels for o protagonista.

"Estou convicto que o vice será o Gilson", disse Adelson, que negou qualquer movimentação de candidatura própria. "Mas será falta de respeito com os aliados se o PT definir um petista como vice", alertou o socialista.

O alto escalão petista já garantiu que se Gilson não conquistar o aval jurídico, reconduzirá as discussões de composição ao arco de alianças, formado hoje por quase 20 partidos.

Para esperar até o último minuto pela definição do PT sobre o vice de Reali, o PSB também decidiu marcar para o dia 30 a convenção que vai homologar a chapa de candidatos a vereador e, quem sabe, a majoritária.