Reportagem do Jornal Hoje, da Rede Globo, informou que os reféns podem ser liberados ainda nesta quarta. Segundo entrevista do líder de uma tribo local à Rádio CBN, nenhum deles foi ferido ou mal tratado. Jonas Marcolino ressaltou ainda que as pessoas precisam entender que os “índios não vivem mais na época da Pedra Lascada”. “Precisamos nos instrumentalizar para evoluir e exercer nossa cidadania”, afirmou.

Nesta quarta-feira, os manifestantes também fecharam pontes e rodovias de acesso à capital. Imagens exibidas pela Rede Globo mostraram moradores andando até a barreira onde ficaram parados os caminhões para conseguir alimentos e transportar no braço mercadorias perecíveis.

Tanto os índios como os fazendeiros – perderão suas plantações de arroz - que ocupam as terras são contrários à decisão do governo federal, anunciada no fim de 2003. De acordo com a Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima (Sodiur), além de não pretender “expulsar os brancos”, os índios não querem ser isolados na aldeia e privados do acesso ao desenvolvimento científico, tecnológico e humanístico.

A continuidade da “convivência pacífica” também é defendida pelo governador de Roraima, Flamarion Portela (sem partido).