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China pode tornar-se quarta economia mundial
Da AFP
25/01/2006 | 11:40
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O PIB (Produto Interno Bruto) da China registrou alta de 9,9% em 2005 em uma comparação com o ano anterior, anunciou o governo de Pequim nesta quarta-feira. O aumento pode permitir ao gigante asiático tornar-se a quarta maior economia do planeta, superando a Grã-Bretanha e a França.

O PIB foi de 18,23 trilhões de yuanes (US$ 2,24 trilhões) no ano passado, divulgou o Instituto Nacional de Estatísticas (NBS). Além disso, o crescimento da economia chinesa foi de 10,1% em 2004, depois da revisão do método de cálculo do PIB, corrigido no mês passado.

"Os índices de 2005 mostram que a situação econômica foi particularmente boa", comentou o diretor do NBS, Li Deshui, em um comunicado. "A estabilidade do resultado foi reforçada de certo modo e o desenvolvimento tem sido mais equilibrado, o que constitui um progresso".

Este novo rendimento pode permitir que a China se transforme na quarta maior economia do mundo, à frente da Grã-Bretanha e da França. Estes países, no quarto e quinto posto até o momento, registraram em 2004 um PIB de US$ 2,14 trilhões e US$ 2 trilhões, respectivamente, segundo o Banco Mundial. As últimas previsões oficiais de crescimento para a Grã-Bretanha e a França são de 1,7% e 1,6%.

O trio de líderes da economia mundial está formado por Estados Unidos Japão e Alemanha. Em 2005, a economia chinesa foi amplamente impulsionada pelos investimentos em capital fixo, que registraram alta de 25,7%, informou o NBS. No entanto, os investimentos estrangeiros diretos tiveram queda de 0,5%.

Sempre prudente, o governo chinês havia previsto um crescimento por volta de 8% para 2005. Em outra ilustração do ritmo rápido de crescimento da China, apesar dos pedidos oficiais de desaquecimento, a produção industrial deu um salto de 11,4% no ano passado.

Além disso, apesar dos riscos de desaquecimento, Pequim pode comemorar o fato de ter controlado de novo a inflação em 2005. Os preços ao consumidor aumentaram 1,8%, contra 3,9% em 2004.

A outra boa notícia, que era esperada, é o valor das reservas cambiais, que aumentaram a US$ 818,9 bilhões em 2005, uma alta de US$ 208,9 bilhões em apenas um ano. A China ocupa a segunda colocação mundial em nível de reservas de câmbio, atrás apenas do Japão.

O governo chinês também confirmou que obteve um excedente comercial recorde em 2005, de US$ 101,9 bilhões, uma alta de US$ 69,9 bilhões em relação a 2004. As exportações chegaram a US$ 762 bilhões (28,4%), e as importações a US$ 660,1 bilhões de dólares (17,6%).

O excedente recorde pode provocar novos atritos entre a China e seus parceiros comerciais, assim como maiores pressões por parte dos Estados Unidos e da União Européia para que Pequim valorize o iuane.




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