ouça este conteúdo
|
readme
|
As leis que autorizaram a retirada do teto do IPTU progressivo e a adoção da nova Planta Genérica de Valores do município, aprovadas pela Câmara Municipal no fim do ano passado, provocaram um aumento médio de 62% no valor do imposto, com índices que chegaram a mais de 500% em alguns locais. O aumento gerou uma onda de protestos na cidade e pedidos de revisão na Prefeitura.
O Ministério Público recebeu duas representações solicitando a abertura de inquérito, do PTB e do contabilista Márcio Ferro, um dos líderes do movimento contra o novo IPTU, que anexou em seu pedido um abaixo-assinado com cerca de cinco mil nomes. “As informações que temos até agora não são esclarecedoras, por isso vamos buscar mais informações”, disse o promotor.
Soares afirmou que a primeira providência será notificar a Prefeitura, solicitando informações sobre o processo adotado para confecção da Planta Genérica de Valores. Alguns advogados da cidade reclamam que o documento não foi assinado por um engenheiro responsável. “Teremos de avaliar se a Planta Genérica foi feita com o rigor técnico necessário”, disse o promotor. Caso seja comprovada alguma irregularidade, o inquérito civil pode virar uma ação civil pública.
A Prefeitura não quis comentar o assunto. A informação fornecida pela assessoria de imprensa foi de que a administração municipal ainda não foi comunicada oficialmente sobre o assunto e, por isso, não se manifestaria.
Alguns moradores de Santo André já conseguiram, na Justiça, decisões que garantem o direito de não pagar o novo imposto. As principais alegações feitas são quanto à constitucionalidade do IPTU progressivo e a ausência de critérios técnicos da nova Planta Genérica.
Indeferido – Na semana passada, a Prefeitura sofreu nova derrota, ao tentar cassar a antecipação de tutela conseguida pelo advogado Rubens Rosembaum, o primeiro a conseguir uma decisão judicial garantindo o direito de não pagar o novo imposto. Pela decisão, proferida pela juíza Ana Cristina Ramos, da 8ªVara Cível, Rosembaum pode pagar o mesmo valor do imposto do ano passado.
O departamento jurídico da Prefeitura entrou com um recurso para tentar suspender os efeitos da decisão anterior no Primeiro Tribunal de Alçada Cível de São Paulo. O juiz Antonio José Silveira Paulilo, no entanto, indeferiu o pedido da administração, alegando que não vislumbra o “perigo de difícil ou impossível reparação” que foi alegado na petição.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.