A CPI entrou em campo depois de árdua batalha, sofreu represálias por parte dos próprios integrantes da equipe – a chamada “bancada da bola”–, foi pressionada até por Pelé, que mudou de time com a bola rolando, mas conseguiu fazer barulho. Foram 19 meses de resistência para que a CPI fosse instalada e mais oito meses de investigações que resultaram num relatório de mais de 700 páginas sobre o submundo do futebol. Após essa maratona, parlamentares comprometidos com a CBF e “cartolas” rebelaram-se e tentaram votar um relatório “remendado”, no qual seriam retirados os pedidos de indiciamento.
Para que o relatório da bancada da bola não fosse aprovado – se isso ocorresse a CPI cairia no ridículo –, o presidente da comissão encerrou os trabalhos. Rebello e Torres iniciaram, a partir daí, uma marcha pela moralização do esporte. Os deputados levaram o relatório à Procuradoria-Geral da República, ao Ministério Público, à Receita Federal e à Polícia Federal.
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