O técnico Vágner Mancini acabou com a empolgação de Neymar. O garoto que entrou no começo do segundo tempo e mudou o comportamento do time na vitória contra o Oeste, no último sábado, no Pacaembu, será apenas opção para o segundo tempo diante do Paulista, amanhã, na Vila Belmiro.

O coletivo de ontem, no CT Rei Pelé, estava quase acabando quando Mancini mudou o sistema do time, trocando um meia (Molina) para armar a equipe com dois atacantes. Roni foi mantido e Neymar passou a treinar ao seu lado, mas não teve tempo para aparecer.

O treinador vai insistir no esquema com três zagueiros - Fabão cumpriu suspensão no último jogo e volta no lugar do contundido Adailton - e dois volantes. Insatisfeito com a produção dos dois alas, Mancini começou o treino com Pará pela direita e Luizinho entre os reservas. Na segunda parte, Luizinho entrou na direita e Pará foi para a esquerda, saindo Triguinho.

"Olhando no papel pode dar a impressão de que é um esquema defensivo demais, mas não é", opinou o volante Rodrigo Souto. "Mancini exige que os laterais atuem como alas. Madson tem liberdade para se movimentar por todo o campo e quando o time ataca ele funciona quase como ponta-direita. Também tenho mais liberdade para ir à frente e Molina fica mais adiantado."

O centroavante Kléber Pereira melhorou da lesão muscular na coxa direita e, segundo o médico Carlos Braga, voltará a treinar com bola na sexta-feira. "Sua escalação contra o Rio Branco vai depender apenas do técnico Mancini", disse.

O treinador antecipou que prefere contar com o atacante 100% contra o Corinthians, dia 22, a correr o risco de usá-lo no jogo de volta da Copa do Brasil, diante do time acreano, quatro dias antes.