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Promotor suspeito de matar mulher é julgado
Do Diário OnLine
18/04/2001 | 16:37
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O julgamento do promotor Igor Ferreira da Silva, 34 anos, no Tribunal de Justiça de São Paulo, nesta quarta-feira, já dura mais de três horas. A leitura do relatório foi feita por volta de 13h, quando a juíza apresentou a tese de acusação.

Ferreira da Silva é acusado de ter matado com dois tiros na cabeça, em junho de 98, sua mulher, a advogada Patrícia Aggio Longo, 27 anos, que estava grávida de sete meses, em Atibaia, interior de São Paulo.

No entanto, desde o crime ele alega ter sido vítima de um assalto na entrada do condomínio. O bandido teria levado e matado Patrícia, deixando-o para trás. Igor é defendido pelos pais da vítima, que não acreditam que ele tenha cometido o crime.

Entre as principais provas contra o promotor está um exame de DNA, que comprova que o filho que Patrícia esperava não era dele. Além disso, há indícios de que sua família buscava um criminoso que aceitasse R$ 5 mil para assumir a autoria do assassinato.

O promotor, que foi denunciado pela Procuradoria Geral de Justiça por homicídio qualificado, não está presente no Tribunal de Justiça. O advogado do promotor afirmou que ele acompanha o julgamento de uma igreja Católica próxima ao Tribunal. Se for condenado, a defesa garantiu que ele se apresentará prontamente.

A promotoria exige que, se condenado, ele pegue a pena máxima, que é de 40 anos. Além disso, eles pedem que o promotor permaneça preso caso houver recurso em instância superior.

Esta é a primeira vez que um membro do Ministério Público é julgado pelo órgão máximo do Judiciário estadual, em vez de um júri popular. O julgamento será presidido por 25 desembargadores mais antigos do Tribunal.




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