Tereza Santos estreou sua própria grife na São Paulo Fashion Week na tarde dessa sexta-feira. Até a última edição, a estilista assinava as peças da Patachou, que pulou essa temporada do evento. Agora, com seu próprio nome, Tereza colocou na passarela um inverno de verdade, em que se usa lã, tricôs e meia-calça, para se aquecer do frio - apostando todas as fichas naquilo que é feito à mão.

A matéria-prima vinha de vários locais do mundo: fios peruanos, de seda e linha da Índia, lã da Escócia, cashemere italiano e angorá da Turquia. Os tradicionais, como veludo e seda também apareciam. O efeito brilhante era dado por contas em meio aos fios trançados, um tipo de bordado na malha do tricô.

A meia-calça apareceu em todos os looks, sempre curtos - no máximo até a altura dos joelhos. A trama de certas peças em preto e branco, bem grossa e larga, era complementada por forro de tecido leve; o vermelho aparecia aqui e ali. Algumas peças, transparentes, eram bordadas com canutilhos que garantiam luxo e brilho.

Blusões de lã compridos viravam vestidos acinturados por faixas do mesmo material. No pescoço e nuca, volume de várias camadas de pontos diferentes, formando golas ousadas. Os babadinhos apareciam nas costas e nas barras das saias.

Saia formada por franjas de lã em várias camadas lembrava um tapete e garantiam certo volume também na parte de baixo dos looks. Sempre com muito equilíbrio: se o exagero for na blusa, use com calça sequinha; as saias mais exageradas merecem blusas lisas e simples.

E para quebrar o aspecto discreto do tricô, frases na malha estampam as expressões Le Diable Blonde (Diabo Loiro) ou The End (O fim). Nas caixas de som, "The end of the World", do REM, encerrou a apresentação.