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Ciesp de Santo André debate GLP como opção para indústrias
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
23/07/2008 | 07:25
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As dificuldades que as empresas enfrentam para a ampliação de consumo de gás natural fazem com que o setor empresarial busque alternativas de matriz energética, entre elas o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).

A opção foi apresentada ontem por representantes da distribuidora Supergasbras para empresários associados ao Ciesp(Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André.

A necessidade de alternativas se deve ao fato de que novas descobertas (de campos de gás natural da Petrobras) só devem gerar aumento de oferta a partir de 2010 e a Comgás (concessionária de abastecimento de gás na Região Metropolitana de São Paulo) tem limitado a assinatura de novos contratos para ampliação do fornecimento.

O GLP pode ser utilizado em substituição ou em conjunto com o gás natural (como um sistema sobressalente, que na falta desse insumo, poderia ser acionado), afirmou, na palestra, o gerente regional de Negócios da Supergasbras, Jacinto Júnior de Souza.

A Supergasbras, que pertence à multinacional holandesa SHV Gas, se propôs a fazer, de forma gratuita às empresas filiadas ao Ciesp, estudo sobre a necessidade de utilização do item nas fabricantes e definir o que teriam de fazer para a adequação de seus processos produtivos.

Segundo Souza, as que utilizam o gás natural poderiam ser supridas sem ter de adaptar seus sistemas. "O GLP tem poder calorífico 30% maior, mas pode-se colocar oxigênio, criando GNS (gás natural sintético) e os equipamentos nem sentem a diferença", afirma.

Em relação à diferença de custos, o executivo destaca que, para pequenas empresas (até 500 m³ por mês), o GLP chega a ser de 15% a 20% mais barato, com a vantagem de que há diversas empresas fornecedoras da matéria-prima.

No caso de médias e grandes empresas o gás natural é mais competitivo. O empresário José Jaime Salgueiro, da Resiplastic, de Mauá, considera que é importante uma redução de tributos sobre o GLP para uma equalização dos preços. "Mas se vierem novos reajustes, vai valer a pena (a adoção da alternativa), o gás natural já subiu neste ano em média 32%", disse.




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