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Paixão de Cristo reúne 14 mil no Grande ABC
Renata Gonçalez
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
26/03/2005 | 15:49
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As quatro principais encenações da Paixão de Cristo no Grande ABC reuniram na noite de sexta-feira mais de 14 mil pessoas. Os fiéis acompanharam procissões e relembraram os últimos momentos vividos por Jesus, da condenação até a crucificação. A chuva fina não espantou a legião de católicos, que com guardas-chuva e velas nas mãos repetiram cânticos e orações.

Em Santo André, pelo menos 4 mil pessoas seguiram a procissão que saiu da paróquia Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, para as ruas do bairro. O cortejo terminou na praça Waldemar Soares e assistiu à encenação da peça Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Apresentado pelo quinto ano consecutivo, o espetáculo é o momento mais esperado pelos fiéis do Parque das Nações. Soldados romanos, Isaías, João Batista, Verônica e Dimas, "o bom ladrão", entre outros personagens descritos na Bíblia, foram representados por 150 figurantes. "O frio me pegou de surpresa", disse o estudante Thiago Vales Cardoso, 16 anos, que interpretou Dimas, um dos condenados à cruz juntamente com Cristo.

As ruas do bairro Santa Maria, em São Caetano, ficaram apertadas para os mais de 2 mil católicos que acompanharam a procissão organizada pela paróquia São Francisco de Assis. A auxiliar administrativa Sílvia Martins de Souza, 32 anos, carregava no colo o filho Matheus Souza Fontana, 3 anos, durante o cortejo. O menino era uma das dezenas de crianças que vestiam roupa de anjo. "É para pagar uma promessa que fiz no ano passado. É uma tradição de família."

Em Mauá, os holofotes do espetáculo da Sexta-Feira Santa se dividiram entre os fiéis de três paróquias: a Imaculada Conceição, no bairro Matriz; a São José, na Vila Assis Brasil; e a Nossa Senhora das Vitórias, na Vila Vitória. Pelo terceiro ano consecutivo, todos partiram em procissão de suas igrejas e se encontraram na avenida Portugal, onde foi feita a leitura e a encenação da Paixão de Cristo.

Em Ribeirão Pires, o teatro se concentrou nos limites da paróquia São José, no Centro da cidade, mas o confinamento não comprometeu a apresentação. No palco, ou melhor, no altar, os atores mesclaram elementos cotidianos à história. Após a morte de Jesus, estereótipos marginalizados pela sociedade surgiram em cena. Bêbados, prostitutas, criminosos. Arrependidos, todos pediam pela remissão de seus pecados.

Aparecida - Uma multidão formada por cerca de dez mil pessoas subiu na sexta-feira o Morro do Cruzeiro, em Aparecida, no Vale do Paraíba. A peregrinação começou antes de o sol aparecer, às 5h. Os fiéis enfrentaram muita chuva, mas não desistiram da subida. Com velas e terços nas mãos, além de guardas-chuva, os católicos se aglomeravam para rezar em quinze estações do morro.




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