Política Titulo Duplicidade de dados
Oposição adota cautela sobre denúncia na Craisa
Raphael Rocha
Do Diário do grande ABC
15/06/2012 | 07:43
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A bancada de oposição ao prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), na Câmara adotou tom de cautela sobre a denúncia em apuração no Ministério Público que acusa a Coopersemo (Cooperativa de Serviços de Transportes) de falsificar balancetes financeiros para participar e vencer licitação da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Na terça-feira, o PT se reúne para definir qual posicionamento tomará com relação ao caso. “Vamos decidir se chamaremos o denunciante para prestar esclarecimentos ou por nova abertura de CPI”, afirmou Tiago Nogueira (PT). “Não podemos fazer eventual CPI cair em descrédito”, avaliou Jairo Bafile, o Jairinho, líder da bancada petista.

O pé atrás do PT com relação à denúncia decorre de o acusador ser José Caboclo Neto. Em 2006, o empresário afirmou publicamente ter sido excluído de uma licitação na época do governo do prefeito petista João Avamileno por não ter compactuado com prática de extorsão para financiar a campanha de reeleição dele, em 2004. As acusações motivaram abertura de CPI na Câmara, mas, após sete meses de investigação, as falas não se confirmaram e os vereadores processaram Caboclo Neto – depois de alguns meses, o empresário retirou a denúncia feita.

Ontem, o Diário mostrou que Caboclo Neto denunciou a Coopersemo por apresentação de balancetes financeiros referentes a 2008 com resultados completamente distintos. Em papelada encaminhada à Junta Comercial, a cooperativa de transporte anunciou prejuízo de R$ 1,05 milhão. Já à Craisa, para ser habilitada a concorrer na licitação para serviço de transporte, a Coopersemo apresentou documento com superavit de R$ 470,2 mil.

A denúncia, protocolada no MP, diz que os dados fornecidos à Craisa são falsos. A Coopersemo informou na quarta-feira que a aparição de documentos com mesma data e finalidade, mas com teores contrastantes, era “incógnita”, pois o contrato firmado com a companhia de abastecimento andreense havia sido firmada em gestão indireta de Caboclo Neto.

Também ontem, a Coopersemo afirmou que Caboclo Neto sustenta campanha difamatória por interesses familiares, pois recentemente se separou da atual presidente da cooperativa, Leila Mossuly.




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