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Câmara de S.Bernardo forma comissão mista sem aliados de Orlando Morando

Composição será de vereadores que declararam apoio a Marcelo Lima e Alex Manente, com Fran Silva como presidente, Glauco vice e Fuzari secretário

Artur Rodrigues
16/04/2024 | 09:34
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FOTO: André Henriques/DGABC


A Câmara de São Bernardo elegeu ontem os novos representantes da comissão mista, colegiado que define o destino de parte dos gastos da Prefeitura. Os vereadores Fran Silva (Avante), Glauco Braido (MDB) e Julinho Fuzari (Cidadania) foram eleitos, respectivamente, como presidente, vice-presidente e secretário. 

Chamou atenção a ausência de aliados do prefeito Orlando Morando (PSDB) na corrida eleitoral deste ano. Isso porque Glauco e Fuzari já anunciaram apoio à pré-candidatura de Alex Manente (Cidadania), enquanto Fran Silva faz parte do grupo que apoia a pré-candidatura de Marcelo Lima (Podemos) ao Paço. 

A eleição da comissão reforça a perda de força de Morando no Legislativo. A definição do colegiado sem aliados do tucano acontece menos de uma semana depois do Diário noticiar a divisão dos parlamentares em relação à eleição deste ano. Conforme reportagem publicada na quinta-feira, o prefeito tem um dos menores grupos de apoio na Câmara. Dos 28 vereadores, apenas cinco endossaram a indicação tucana à sucessão, sua sobrinha Flávia Morando (União Brasil): Maurício Cardozo (União Brasil); Almir do Gás (PRD); Jorge Araújo (União Brasil); Bispo João Batista (Republicanos); e Hiroyuki Minami (Republicanos). 

O grupo mais forte é o do ex-prefeito e ex-deputado federal Marcelo Lima, que tem o apoio de 12 vereadores, todos dissidentes do grupo de Morando: Danilo Lima (Podemos), que é primo de Marcelo; Ivan Silva (PRTB); Joilson Santos (PRTB); Gordo da Adega (Podemos); Palhinha (Avante); Netinho Rodrigues (Podemos);Dr.Manoel (PMB);Toninho Tavares (Agir); Fran Silva (Avante); Reginaldo Burguês (Agir); Aurélio (Podemos); e Henrique Kabeça (PMB). 

Embora os dissidentes tenham garantido a governabilidade de Morando e que seguirão na base do governo, há a expectativa para suas posições em projetos que forem protocolados pelo chefe do Executivo ao longo do ano. Na sessão da semana passada, a primeira após a divisão dos grupos, os trabalhos foram engessados e não houve nenhuma votação em pouco mais de três horas de sessão. 

Nos corredores do Legislativo há preocupação com relação às propostas vindas de Morando. Fontes contaram ao Diário que o prefeito pode até deixar de enviar projetos para evitar desgaste com sua base. Fato que reforça essa hipótese é que na sessão do dia 27 de março, o Executivo enviou dez projetos para os vereadores votarem de uma vez só. Desde então, nenhuma proposta foi feita pelo governo. 




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