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A beleza que movimenta milhões
Rodermil Pizzo
15/04/2024 | 14:10
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A busca da juventude eterna e da imagem perfeita remonta desde que o ser humano passou a conviver em sociedade e a ser notado por sua aparência e vitalidade. Atualmente, as redes sociais, o acesso das informações por tudo e todos, intensificaram ainda mais esta busca e a guerra contra o tempo e o espelho. O turismo vem acompanhando os interessados em deslocamento pela beleza e o bem-estar, ainda que de forma tímida e amadora.

Sabido é que o mercado do turismo estético, segundo fontes da Patients Beyond Borders, “gira entre US$ 65 e US$ 87,5 bilhões e, aqui no Brasil, se fala em 24 milhões de pacientes, que gastam média de US$ 3,4 mil por visita ao País, incluindo custos médicos, serviços locais, transporte, internação, acomodação e tratamentos estéticos”.

Os mesmos procedimentos que em países como EUA e vários da Europa chegam a 30% acima, o que induz esta movimentação turística de executar os procedimentos cirúrgicos e estéticos em países como o Brasil. Outra movimentação, já percebida, são os brasileiros que fazem procedimentos na Turquia e até mesmo na Bolívia ou Uruguai.

Thiago Marra, cirurgião plástico e presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, declarou em entrevista à revista IstoÉ que cerca de 40% dos seus pacientes são de fora e gastam em média R$ 20 mil a R$ 40 mil com procedimentos cirúrgicos e estéticos. Estes pacientes/turistas, além de gastar com a questão estética, também injetam dinheiro na economia com compras, hospedagens, restaurantes e outros gastos, além de normalmente trazerem consigo acompanhantes. Ou seja, para cada turista de estética há um turista extra de acompanhante e, muitos deles, ao se recuperarem de tais cirurgias, aproveitam para conhecer outros pontos turísticos no Brasil, uma vez que aqui já estão.

Vivemos nas grandes capitais uma explosão de clínicas estéticas e formação de profissionais na busca por conhecimento para explorar este mercado e se beneficiar desta movimentação. A cada esquina existe hoje uma especialização em botox, harmonização e preenchimentos. Nas agências de viagens e operadoras, ainda é tímido o investimento em busca destes pacientes/turistas. Acredito que este amadorismo esteja com os dias contatos e que, em breve, alguém acordará para este gigante filão financeiro e passará a fazê-lo de forma profissional e, assim, crescer ainda mais o cenário e a arrecadação deste turismo estético.

Na próxima coluna, trarei algumas informações complementares deste cenário, pois tenho agendado uma entrevista com um dos grandes nomes da cirurgia estética, Roberto Tulli. E tenho certeza de que nos passará informações importantes sobre este mercado. Acompanhem.

Rodermil Pizzo é doutorando em Comunicação, mestre em Hospitalidade e colunista do Diário, da BandFMBrasil e do Diário Mineiro.




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