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Irã tenta calibrar resposta a ataque de Israel na Síria em meio à pressão por retaliação
13/04/2024 | 16:41
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Uma alta autoridade iraniana resistiu à pressão interna sobre os militares do país para atacarem rápida e duramente contra Israel, sugerindo que Teerã está tentando equilibrar essas demandas com as advertências dos Estados Unidos enquanto decide como retaliar contra um ataque na Síria no qual afirma que Israel matou um dos seus principais generais.

O Irã prometeu responder na mesma moeda ao que afirma ter sido um ataque aéreo israelense ao edifício do consulado iraniano em Damasco, que matou sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo o general. Os EUA disseram que dariam todo o seu apoio a Israel se o Irã atacasse.

"Alguns perguntam por que razão a República Islâmica não se vinga", afirmou Mojtaba Zonnour, um clérigo conservador e chefe da comissão de segurança nacional e política externa do parlamento iraniano, cujas declarações reflete frequentemente as opiniões do sistema de segurança.

Qualquer decisão de tomar medidas contra Israel "deveria basear-se nos interesses e na segurança nacionais, e não nas exigências públicas", disse Zonnour, discursando numa conferência em Teerã, segundo a agência de notícias semioficial ILNA. Ele acrescentou que uma resposta viria eventualmente. "Talvez mais cedo, talvez mais tarde, mas isso acontecerá", garantiu.

Nos últimos dias, alguns iranianos começaram a zombar dos militares e da liderança por não agirem, apesar das inúmeras ameaças, inclusive do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, de vingar o ataque em Damasco.

"Israel, eles não têm coragem de buscar vingança", dizia uma nova pichação em um muro em Teerã, referindo-se ao governo. "Acerte-os com mais força da próxima vez, Israel, eles fizeram xixi nas calças", dizia outro.

Outros residentes de Teerã temem possibilidade de uma conflagração com Israel aumentar ainda mais a pressão sobre a economia do país, pressionada por sanções. Esse grupo questiona o valor de gastar bilhões de dólares em campanhas militares estrangeiras se o país não puder se defender dos ataques israelenses. Fonte: Dow Jones Newswires.




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