Setecidades Titulo Centro aproximar
Evento em Santo André marca dia da conscientização sobre autismo

Profissionais de diversas áreas realizam palestras para desmistificar tema

Beatriz Mirelle
03/04/2024 | 08:59
Compartilhar notícia
FOTO: Andre Henriques/DGABC


O Centro Aproximar, programa da Rede D’Or para cuidados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), promoveu ontem na Rua Laura, em Santo André, evento para marcar o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A programação teve a partcipação de pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros profissionais, que debateram a importância da avaliação neuropsicológica, os critérios para diagnóstico e níveis de suporte, além de desmistificarem mitos a respeito do autismo.

De acordo com o coordenador do Centro Aproximar e neuropediatra do Hospital Brasil, Paulo Breinis, a evolução da ciência nos últimos anos foi essencial para promover maior conhecimento a respeito do autismo e quebrar preconceitos. “Está explícito que é um transtorno do neurodesenvolvimento. Romper com estigmas faz com que haja mais acolhimento da sociedade”, diz. 

O TEA possui três níveis de suporte (leve, moderado e severo), que determinam quanto de apoio a pessoa vai precisar para realizar atividades do dia a dia. “Hoje, os médicos têm ferramentas para fazer o diagnóstico o mais rápido possível. Algumas vezes percebemos pequenos sintomas a partir do sexto mês de vida. Assim, investigamos de maneira laboratorial para encaminhar ao fonoaudiólogo, psicólogo e terapeuta ocupacional”, afirma Breinis. Para ele, o apoio da família é peça-chave para garantir resultados positivos nos tratamentos. “Eles que vão acolher a criança no dia a dia. Ela pode ir para escola, fazer terapia, mas o núcleo familiar é a continuidade de tudo isso.” 

Os sinais do TEA se apresentam em déficit da interação e comunicação social, além de comportamentos restritos e repetitivos. Segundo a neuropediatra Heloisa Viscaino, pesquisadora do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, o comprometimento da linguagem pode ser uma característica marcante. “Às vezes, a pessoa até tem um vocabulário extenso, mas possui dificuldade para entender determinadas mensagens ou não compreende metáforas. Além disso, apresenta interesse em uma área restrita (hiperfoco). Entendemos que o diagnóstico precoce é até os 2 anos. Quanto mais cedo começarmos o tratamento, maiores as chances de a criança acompanhar os estágios de desenvolvimento de cada idade”, comenta Heloisa, que também é coordenadora técnica do programa TEA pela Rede D’Or. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;