Política Titulo Falta de funcionários
Prefeito de Ribeirão cogita acordo emergencial na Saúde
Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
07/05/2013 | 07:33
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O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), admitiu ontem a possibilidade de firmar acordo emergencial com OSS (Organização Social de Saúde) para contratar auxiliar de enfermagem.

No sábado, o Diário publicou que os profissionais pediram exoneração para trabalhar em outros municípios, o que comprometeu o atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) e no Hospital e Maternidade São Lucas.

Após reunião no Consórcio Intermunicipal, o chefe do Executivo cogitou a possibilidade como forma de resolver o problema rapidamente. "Vamos ter de tomar uma atitude urgente. Talvez a gente tenha de fazer um contrato emergencial somente para auxiliar de enfermagem", sugeriu.

Saulo avaliou que a folha de pagamento inchada impede a realização de concurso público para o cargo. A administração gasta R$ 8,8 milhões mensais, o que representa 48% da receita líquida do município.

Em janeiro, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) notificou o Paço sobre o limite determinado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) sobre o gasto com funcionalismo. A legislação proíbe empenho maior do que 54% da receita líquida com salário dos servidores.

O prefeito declarou que a perda de funcionários não aconteceu pela questão salarial. O subsídio mensal de um auxiliar de enfermagem varia entre R$ 1.015,46 e R$ 1.868,11. "O concursado presta provas em diversas cidades. Na verdade, o salário segue o padrão. Tem casos em que a mudança (de emprego) ocorre para outro cargo. A concorrência é normal", minimizou o peemedebista.

Saulo reiterou ainda que, no momento, é inviável acrescer o salário dos profissionais. A Prefeitura herdou R$ 41 milhões em restos a pagar do governo passado. "(A contratação de OSS) é uma possibilidade que vamos estudar. Quero alguém especializada da área para cuidar dessa parte."

Quando era vereador, o peemedebista sempre foi contra a terceirização do sistema municipal de Saúde alegando que a medida abria brecha para corrupção.

 




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