Proposta de correção de 8,2% será votada hoje pelos vereadores; sindicato pedia 15,44%
Em meio à pressão e às ameaças de greve por parte dos servidores, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), enviou à Câmara projeto que prevê reajuste salarial de 8,2% para a categoria. A proposta deve ser votada hoje pelos vereadores.
Nas redes sociais, Morando deu alguns detalhes do projeto enviado ao Legislativo. De acordo com o prefeito, a correção será feita em três parcelas. A primeira, válida a partir de abril, terá reajuste de 4%; a segunda, feita a partir de setembro, de 2%; e a terceira, em novembro, demais 2%.
Segundo apuração do Diário, o índice foi estabelecido pela gestão tucana sem o consenso do Sindserv-SBC (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Bernardo), que pedia correção de 15,44% e não foi consultado sobre o projeto.
Na segunda-feira, servidores estiveram na esplanada do Paço para cobrar diálogo por parte da Prefeitura, que não abriu mesa de negociação com o sindicato. O Sindserv deu prazo de 15 dias para Morando negociar o reajuste da categoria, que garantiu aderir a nova greve caso o governo tucano se mantenha avesso às negociações.
“Estivemos de plantão na sessão da Câmara na semana passada, estaremos novamente nesta semana, e vamos continuar convocando os trabalhadores e trabalhadoras às ruas”, disse o presidente do Sindserv, Dinailton Souza Cerqueira.
Os servidores reivindicam reajuste salarial de 15,44%. O índice engloba a estimativa de inflação (3,54% até dezembro do ano passado) e as perdas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público municipal dos últimos oito anos, que somam 11,5%. A pauta possui oito reivindicações, que vão desde o compromisso de reposição salarial, passando pela manutenção da mesa de negociação, abono de natal, melhorias na assistência médica e reajustes dos auxílios para alimentação e transporte.
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