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Fiscalização autua 156 veículos por poluição do ar em Santo André

Inspeções semanais integram o Programa de Qualidade do Ar e dados são de janeiro até 15 de março

Da Redação
21/03/2024 | 15:41
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FOTO: Reprodução


De janeiro à primeira quinzena de março deste ano, 156 veículos pesados, movidos a diesel, foram autuados por emissão de poluentes acima dos parâmetros permitidos por lei em Santo André. A condução do monitoramento é do ProAr (Programa de Qualidade do Ar), conduzido pela Fiscalização Ambiental do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). 

As ações semanais foram retomadas no final do ano passado, intensificadas a partir de janeiro deste ano e ocorrem com apoio da Guarda Civil Municipal, Polícia Ambiental e Polícia Militar nos principais corredores de tráfego do município.

Até o momento, foram realizadas 24 operações, com 426 veículos vistoriados. Destes, 156 – equivalente a 36% – foram reprovados e autuados pelos agentes da autarquia. Cada infração tem o valor de 500 FMPs (Fator Monetário Padrão) e, além da multa, o condutor é orientado a realizar a manutenção do veículo, sob o risco de ser autuado novamente em outra blitz.

Os agentes do Semasa utilizam o opacímetro, aparelho eletrônico que mede a opacidade de fumaça emitida pelo escapamento dos veículos. O equipamento permite maior precisão na aferição da fumaça preta e imprime o relatório no ato da medição. Quando dentro dos padrões, o condutor recebe um selo de aprovação do programa.

Anualmente, a autarquia também realiza a aferição de toda a frota pública de Santo André, o que incluiu os ônibus municipais da SATrans e veículos pesados utilizados pelas diversas áreas da prefeitura e administração indireta. No ano passado, foram 815 aferições, sendo que 712 foram aprovados e 103 reprovados.

RISCOS À SAÚDE

Os grandes centros urbanos concentram enorme fluxo de veículos, sendo que a poluição é um problema frequente nestes locais. Os dias mais secos tornam a qualidade do ar ainda pior.

A fumaça preta, especificamente, é lançada por veículos movidos a diesel e tem reflexos diretos na saúde humana, contribuindo para o agravamento de doenças respiratórias e outros quadros crônicos. Em 2012, por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (agência ligada à ONU – Organização das Nações Unidas), divulgou estudo que comprova a ligação do fator cancerígeno da fumaça preta emitida pelos motores a diesel.

O material particulado emitido em forma de poluição atmosférica também afeta a flora e o meio ambiente em geral, uma vez que a deposição destas substâncias degrada materiais e bloqueia a fotossíntese das plantas. Além disso, em áreas pouco vegetadas, o quadro de poluição é mais grave ainda, já que a vegetação mantém o equilíbrio térmico e maior umidade.




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