Aniversário - Ribeirão Pires Titulo Nas palavras do prefeito
Fomento ao turismo deve dobrar caixa de Ribeirão em 4 anos
Da Redação
19/03/2024 | 07:58
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FOTO: Nilton Valentim/DGABC


O prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), projeta dobrar o orçamento da cidade, sem elevar impostos, de R$ 500 milhões para R$ 1 bilhão, em apenas quatro anos, para isso aposta no fomento ao setor de turismo, na atração de novos empreendimentos imobiliários, na instalação de mais uma rede de atacarejo e da tão sonhada fábrica de chocolates.

Com plano ambicioso de desenvolver a cidade sem afetar a qualidade de vida, a Prefeitura faz apostas para o futuro com anel viário, entrega do hospital municipal e videomonitoramento das principais ruas e avenidas.

Prefeito, no ano passado o senhor havia anunciado conversas com uma fábrica de chocolates com sede em Campos do Jordão, no Interior de São Paulo, para que ela pudesse montar uma linha de produção em Ribeirão Pires. Em que fase estão as tratativas?

Fiz duas visitas técnicas na empresa no passado, o Rubão (Rubens Fernandes da Silva - PL) meu vice-prefeito, continua indo. Apresentamos o espaço mais gotoso de Ribeirão Pires, com espaço integrado à escola de artes e um parque (Luiz Carlos Grecco) lindo, com nova iluminação. É um grande sonho conquistar este projeto. Porém temos outros dois planos, caso não se concretize. Estamos conversando com uma das maiores fábricas de chocolate do País também e ainda temos um plano C. Podemos pensar também em uma incubadora gastronômica para a produção artesanal de chocolate, valorizando o empreendedor e Ribeirão Pires. Neste caso os recursos seriam todos da Prefeitura, porém o ideal seria trazer o investimento privado.

Concretizando a iniciativa, de que forma ela impacta na arrecadação de impostos e na geração de empregos?

A preocupação com a arrecadação é menor, quando falamos que ela fomenta o turismo, com fábrica e loja no mesmo local, o parque Luiz Carlos Grecco. Isso aumenta a empregabilidade, a geração de empregos de forma direta e indireta, em uma cadeia produtiva, na base de fornecimento de Ribeirão Pires. O mercado imobiliário também se aquece e tende a crescer na cidade. Além disso, vamos criar novos corredores comerciais.

Prefeito, o senhor falou sobre aquecimento no mercado imobiliário. O que vislumbra?

Temos uma cidade gostosa, tranquila de se viver, um bom roteiro cultural e muita área verde. Estes atrativos têm trazido para Ribeirão Pires novos moradores, em especial, aqueles de Mauá que fogem do adensamento urbano. Estamos aprovando 600 novos apartamentos, no Centro e arredores, para moradias. 

Prefeito, a cidade leva em seu nome oficial o termo Estância Turística, e nesta esteira, o que tem sido feito para fomentar o turismo e atrair novos visitantes ao município?

Podemos falar de boca cheia. Utilizamos a cultura para erguer o turismo e associamos aos esportes de aventura, por exemplo. Começamos lá atrás com as atividades de paramotor, eram cerca de seis pilotos, hoje, são mais de 50. Resgatamos o pedalinho do Parque Oriental. Temos a maior torre japonesa do Brasil. O mirante que reabrimos (Morro São José) é um lindo local para contemplação e cenário ideal para fotos e vídeos de casamentos, por exemplo. Nossa cidade tem espírito turístico. O número de ônibus com turistas aumenta a cada dia. No Paço Municipal, aquele grande estacionamento, antes para funcionários e secretários da Prefeitura, foi aberto para o comércio. A população tem consumido e girado a roda da economia. Para estimular ainda mais as compras e visita em nossa cidade dois carregadores para carros elétricos serão instalados no Paço e seu uso será gratuito, desta forma, criamos mais alternativas para as pessoas que comprem no comércio de Ribeirão Pires. São atitudes pequenas, mas que fazem toda a diferença. Temos também grandes festas na cidade, o Festival do Chocolate, o principal evento no nosso calendário, agora temos a Entoada Nordestina e a Festa Italiana. Imagine o Mirante São José com um festival de choro e jazz, que cenário perfeito. Agora vamos retomar o calendário de motocross e encontros de motorhome. Acredito que não só Ribeirão Pires tem potencial turístico e cultural, mas todas as cidades do Grande ABC, por isso, defendo uma agenda com Consórcio Intermunicipal para criar um circuito regional.

É evidente que a atração de novos investimentos, sejam eles imobiliários, turísticos ou de outro ramo empresarial, fortalece financeiramente os cofres da Prefeitura, tem alguma meta em mente?

Antes mesmo de ser prefeito, ainda como presidente da Câmara de Ribeirão Pires, tracei como meta um programa para ser contemplado até 2030. A ideia é reduzir gastos, criar uma cidade mais sustentável e dar mais eficiência à coisa pública. Com a chegada de novos empreendimentos imobiliários, da instalação da fábrica de chocolates e fomento do turismo, nossa meta é em quatro anos dobrar nosso orçamento, hoje, na casa dos R$ 500 milhões, e atingir R$ 1 bilhão, isso sem industrializar a cidade e sem aumentar impostos. Além disso, as mudanças aplicadas na cidade têm atraído outros investimentos, uma rede de atacarejo do Grande ABC está em tratativas com a Prefeitura para abrir uma unidade na cidade. Com a entrega do hospital municipal não vamos aumentar o custeio dentro dos próximos quatro anos, está planejado, apenas reforçaremos as ações de zeladoria.

Prefeito, a chegada de mais pessoas e empresas na cidade, além do público flutuante que busca Ribeirão Pires como um polo de lazer, cultura e de descanso em meio a natureza, quer acesso fácil, infraestrutura e segurança. Como organizar tudo isso?

Já instalamos oito totens de segurança e até o meio do ano vamos instalar os equipamentos em todas as divisas de bairro com outros municípios. As câmeras serão integradas ao sistema Detecta e ficarão nos portais turísticos, uma indicação de onde começa Ribeirão Pires e termina o outro município. Com o vídeomonitoramento vamos blindar a cidade. Além disso, dentro de nossas possibilidades queremos colocar estes totens com monitoramento por câmeras na porta de outras 32 escolas, hoje, há em uma unidade. Na mobilidade entregaremos nos próximos dias a rodoviária. A RMS, empresa de logistíca sobre trilhos, tem conversado com a Prefeitura para reformar nossa estação, que será interligada ao modal intercidades, que ligará São Paulo à Baixada Santista. O projeto que terá início em 2026 com prazo previsto de entrega para 2030. A obra contempla a integração com nossa rodoviária. Por fim, em parceria com o governo do Estado, iniciamos a construção do viaduto no pé do Morro Santo Antônio, ele ainda está na fase de fundação, até o meio do ano as colunas começam a aparecer, quando pronto, vai interligar os dois lados da cidade dar mais fluidez ao trânsito, unificando Ribeirão Pires.

O senhor tem falado muito sobre o hospital municipal, ele é a principal realização para este ano?

Sem dúvida, o Hospital e Maternidade Santa Luzia é uma demanda antiga e vai aliviar os atendimentos na Saúde. Ele terá porte regional com cerca de 90 leitos, entres eles UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Lá será possível realizar exames laboratoriais e de imagens. Por ser porta aberta, vai aliviar o atendimento da UPA que recebe em média por mês 800 pacientes, 40% deles de outras cidades, como Rio Grande da Serra, Mauá, Suzano e Zona Leste da Capital. O novo Hospital e Maternidade Santa Luzia contará com 48 leitos de clínica médica, 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 10 leitos de berçários, e dois isolamentos para recém-nascidos, 14 leitos de maternidade, duas salas de cirurgia obstétrica, três salas de recuperação pós-anestésica e uma sala de isolamento. Além disso, estamos projetando o hospital para ter um consultório de Ginecologia/obstetrícia e uma sala de classificação de risco. A entrega da unidade está prevista para agosto, no máximo setembro. Todo o mobiliário da unidade ficará a cargo da União. Os estudos para saber quais itens serão necessários estão em estudos por equipe técnica. O hospital terá labortório de análises clínicas e imagens.




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