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Sto.André abre centro especializado em tratamento contra a dengue

Até abril, espaço na Rua Xavier de Toledo funciona com sistema porta-aberta e garante testagem rápida para munícipes com sintomas gripais

Beatriz Mirelle
12/03/2024 | 07:54
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FOTO: Celso Luiz/DGABC


 O Centro de Referência para a Dengue, inaugurado ontem em Santo André, funcionará até o final de abril para testar, medicar e oferecer tratamento aos moradores da cidade com sintomas da doença. O espaço funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 21h, e o munícipe não precisa de encaminhamento médico das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) ou UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para ser atendido. O local fica na Rua Xavier de Toledo, 517.

“Resolvemos abrir o centro de referência por 60 dias porque observamos crescimento na procura para o atendimento de pessoas com características das síndromes gripais, em especial com casos de febre alta, na rede de emergência. Agora, com um lugar específico para essa demanda, conseguimos desobstruir o fluxo das UPAs e criar um protocolo com teste rápido, medicação e todo o tratamento necessário para o paciente que for diagnosticado com dengue. Esperamos que a frequência de casos da doença caia a partir de abril, que é um período mais seco”, disse o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB). 

Para a autônoma Paola Lemes, 24 anos, moradora do Bairro Homero Thon, em Santo André, o espaço vai agilizar os atendimentos. “Os vômitos e dores em todo corpo começaram há três dias. Fui em uma UPA que estava lotada. Esperei por cinco horas e me encaminharam para esse centro. Em poucos minutos aqui, consegui fazer a testagem e passar com o médico”, disse.

O Centro de Referência para Dengue em Santo André tem mais de 30 profissionais. Os casos mais graves serão tratados no CHM (Centro Hospitalar do Município), na Vila Assunção. 

O vírus da dengue é transmitido a partir da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti que esteja infectada. Cerca de 75% dos criadouros estão dentro das casas, segundo o Ministério da Saúde, e o cuidado deve ser redobrado com pontos de acúmulo de água, como vasos de plantas, calhas, pneus ou garrafas. 

“Temos cobrado os governos estadual e federal para recebermos a vacina contra a dengue na cidade, mas não há expectativa para que as doses cheguem em breve. Por isso, abrimos o centro para organizar melhor a demanda. É importante que os moradores dediquem, ao menos, dez minutos do dia para checar os lugares que podem ter água parada. O trabalho precisa ser contínuo”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Gilvan Junior. 

GRANDE ABC REGISTRA QUASE 2.500 CASOS DESDE JANEIRO

Os casos de dengue contabilizados no Grande ABC desde o início de janeiro já atingiram a marca de 2.464. Mauá registrou a primeira morte pela doença em fevereiro. Três outros óbitos ainda estão sendo investigados, de acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo. 

No balanço nacional o Brasil alcançou o total de 700.084 casos e 391 óbitos em decorrência da doença. O Ministério da Saúde investiga outras 854 mortes. 

Apenas em São Paulo, que declarou estado de emergência para a dengue na semana passada, já são 189.368 casos e 58 mortes confirmados no período.




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