Política Titulo Combate as enchentes
Consórcio obtém recurso para reforçar monitoramento em áreas de risco

Verba liberada pelo Fehidro será usada para potencializar ações de combate a enchentes; sistema será aberto a todas as defesas civis da região

Artur Rodrigues
11/03/2024 | 07:01
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Claudinei Plaza/DGABC


 O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC recebeu na semana passada a primeira parte dos recursos enviados pelo Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para o aprimoramento do Sistema de Monitoramento Hidrológico das Microbacias Críticas do Grande ABC. O Fundo transferiu R$ 712,6 mil dos pouco mais de R$ 863 mil liberados à entidade. 

Através do recurso, o Consórcio vai otimizar o atual sistema de monitoramento da chuva, que terá atualização em tempo real e será aberto a todas as defesas civis da região. A entidade contratou, em setembro do ano passado, a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica para a realização do serviço. O custo será pago com os recursos enviados pelo Fehidro. 

A empresa vai complementar o atual sistema do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) - primeiro equipamento regional do gênero no país -, que é responsável por emitir alertas às defesas civis das sete cidades em relação a riscos em dias de chuva, e reforçar as ações de combate a enchentes a fim de evitar tragédias. 

A rede complementar será integrada aos modelos já existentes, como os sistemas dos próprios municípios da região, além dos equipamentos de medição do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), do Cobom (Centro de Operações do Corpo de Bombeiros) e do Saisp (Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo). 

O sistema implementado em 2021 conta com 31 pluviômetros, que monitora em tempo real os dados de chuva de pontos estratégicos da região que historicamente enfrentam episódios de alagamentos, como as cabeceiras do Rio Tamanduateí e do Rio Guarará, além dos córregos Oratório, Tamanduateí Médio I, Ribeirão dos Meninos e Ribeirão dos Couros.

ESTUDO

De acordo com o mapeamento mais recente do Grande ABC feito pelo IG (Instituto Geológico), em 2020, cerca de 246,6 mil imóveis estão em áreas de risco para deslizamento de terra nas sete cidades. Destes, 55.655, ou 20,5%, têm classificação elevada para o perigo de ocorrências durante as tempestades. 

Proporcionalmente, Mauá é a cidade com maior quantidade de edificações em áreas de risco alto ou muito alto. Ali estão quase metade dos 21.698 imóveis mapeados pelo Instituto Geológico nessa situação, ou 10.387 construções. 




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