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Uniforme escolar está
10% mais caro na região
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
16/01/2011 | 07:30
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Depois do material escolar chegou o momento dos pais prepararem o bolso novamente, pois as peças do uniforme nas confecções instaladas no Grande ABC estão cerca de 10% mais caras no volta às aulas deste ano. As peças com a matéria-prima algodão são as responsáveis pela maior inflação no preço.

A estratégia das fábricas para conter a escalada foi elevar o estoque de insumos durante o fim do ano passado. Segundo a diretora administrativa de uma confecção andreense, Arlete Marques Parron, a empresa triplicou a aquisição de malha para três toneladas e reajustou as peças em 6%.

Em outra confecção da cidade, as matérias-primas como poliéster, dry-fit (malha esportiva), microfibra, tactel e etiquetas foram compradas com preço mais alto. A sócia Maria Cecília Novella detalha que "apenas o algodão aumentou 25% do ano passado para cá". O resultado é que uma camiseta básica que custava R$ 18 agora é vendida por R$ 24.

PESO - O período de volta às aulas para a professora Lilian Pires Oliveira é sinônimo de gastos além do orçamento. Mãe de duas meninas de 6 e 11 anos, ela desembolsa cerca de R$ 500 apenas com o uniforme escolar. "Na tentativa de economizar antecipo as compras para o início de janeiro, pois os preços não estão muito altos e as lojas mais vazias", salienta.

Entre calça, blusa de moletom, shorts, camiseta e jaqueta são no mínimo cinco peças para cada filha, sem contar o gasto com materiais escolares e matrículas na rede particular de ensino. No inverno, a professora faz nova visita à loja para comprar roupas de frio.

Maria Cecília Novella brinca que o fio de algodão é vendido a preço de fio de ouro, tamanha valorização do produto. Segundo estimativa da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), o preço desse insumo teve reajuste de 125% nos últimos 12 meses, maior índice dos últimos anos.

O encarecimento da commodity é reflexo da safra mundial somada ao estoque baixo e procura maior do que a oferta. Outro fator a ser considerado é que o País produz 900 mil toneladas do produto, exporta 300 mil, mas consome 700 mil, forçando os fabricantes a importarem 100 mil toneladas a preços mais altos.




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