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Serra: 'acordo com FMI supera as expectativas'
Do Diário OnLine
19/08/2002 | 18:12
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O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, foi o quarto e último presidenciável a ser recebido nesta segunda-feira por Fernando Henrique Cardoso, na rodada de reuniões promovidas pelo Palácio do Planalto com os nomes que têm mais chances de assumir o novo governo. Após o encontro, Serra fez um pronunciamento em que classificou como “acima das expectativas” o último acordo firmado entre o país e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Acompanhado pelos presidentes nacionais do PSDB, José Aníbal, e PMDB, Michel Temer, o candidato deixou o gabinete presidencial por volta das 16h45. Segundo Serra, o acordo acertado com o FMI foi “muito adequado ao país”, principalmente pelas baixas taxas de juros do financiamento. “O governo fez um bom entendimento. Não esperava um resultado tão favorável”, disse.

O tucano também disse que o acordo não representa “nenhum sacrifício adicional para a economia brasileira”. Serra explicou que, dos US$ 30 bilhões disponibilizados pelo FMI ao governo brasileiro, US$ 8 bilhões poderão ser usados ainda neste ano. Ele considerou que a taxa média de juros de 5,27% ao ano é baixa e facilita o pagamento. Além disso, Serra disse que 2/3 desse financiamento terão o prazo de 5 anos para serem pagos.

Para ele, o empréstimo vai garantir segurança para o futuro do país, o que vai permitir a expansão da criação de empregos no novo governo. Revelando-se otimista quanto à possibilidade de vencer a eleição, Serra disse que está decidido “a dar todo o apoio para a transição do governo expandir a aceleração da economia”. Ele ainda declarou que a iniciativa do presidente de conversar com os principais candidatos “revela uma preocupação com o Brasil, acima dos interesses partidários e eleitorais”.

Propostas - Serra disse que levou ao presidente quatro sugestões de medidas econômicas. A primeira delas seria o monitoramento por parte do governo dos preços essenciais para o consumo, como o gás de cozinha. O tucano também pediu que o governo faça estudos para contrabalançar a alta do dólar nos custos do trigo, para não refletir no preço do pão.

O candidato do PSDB também defendeu a minirreforma tributária e a aprovação pelo Congresso do projeto que reduz a cumulatividade dos impostos em cascata (PIS e Cofins). Serra também fez um apelo para que a Receita Federal estenda o prazo de adesão das pequenas e médias empresas ao Refis (programa de refinanciamento da dívida fiscal e previdenciária), e pediu uma maior agilidade do governo para a liberação imediata de linhas de crédito para a exportação.




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