Acompanhado pelos presidentes nacionais do PSDB, José Aníbal, e PMDB, Michel Temer, o candidato deixou o gabinete presidencial por volta das 16h45. Segundo Serra, o acordo acertado com o FMI foi “muito adequado ao país”, principalmente pelas baixas taxas de juros do financiamento. “O governo fez um bom entendimento. Não esperava um resultado tão favorável”, disse.
O tucano também disse que o acordo não representa “nenhum sacrifício adicional para a economia brasileira”. Serra explicou que, dos US$ 30 bilhões disponibilizados pelo FMI ao governo brasileiro, US$ 8 bilhões poderão ser usados ainda neste ano. Ele considerou que a taxa média de juros de 5,27% ao ano é baixa e facilita o pagamento. Além disso, Serra disse que 2/3 desse financiamento terão o prazo de 5 anos para serem pagos.
Para ele, o empréstimo vai garantir segurança para o futuro do país, o que vai permitir a expansão da criação de empregos no novo governo. Revelando-se otimista quanto à possibilidade de vencer a eleição, Serra disse que está decidido “a dar todo o apoio para a transição do governo expandir a aceleração da economia”. Ele ainda declarou que a iniciativa do presidente de conversar com os principais candidatos “revela uma preocupação com o Brasil, acima dos interesses partidários e eleitorais”.
Propostas - Serra disse que levou ao presidente quatro sugestões de medidas econômicas. A primeira delas seria o monitoramento por parte do governo dos preços essenciais para o consumo, como o gás de cozinha. O tucano também pediu que o governo faça estudos para contrabalançar a alta do dólar nos custos do trigo, para não refletir no preço do pão.
O candidato do PSDB também defendeu a minirreforma tributária e a aprovação pelo Congresso do projeto que reduz a cumulatividade dos impostos em cascata (PIS e Cofins). Serra também fez um apelo para que a Receita Federal estenda o prazo de adesão das pequenas e médias empresas ao Refis (programa de refinanciamento da dívida fiscal e previdenciária), e pediu uma maior agilidade do governo para a liberação imediata de linhas de crédito para a exportação.
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