Depois de quatro meses de confissões e depoimentos, o maior julgamento de pedofilia da história da França chegou ao fim nesta semana em Angers (oeste), e o veredicto contra os mais de 60 acusados será conhecido em julho.
Os testemunhos e as alegações dos advogados terminaram em meio a uma intensa emoção. O promotor-geral chamou alguns acusados de "ogros" e pediu penas de 20 e 18 anos de prisão para o casal que organizava a rede de prostituição infantil.
O 'Julgamento de Angers' começou em 3 de março e reuniu 65 pessoas no banco dos réus (39 homens e 26 mulheres).
Do lado das vítimas estavam 45 crianças, muitas delas filhos, netos e sobrinhos dos acusados. Os menores, que tinham idade entre seis meses e 12 anos na época dos fatos (1999-2002), foram prostituídos e sofreram abusos sexuais, na maior parte das vezes por parte de seus próprios familiares.
Metade dos acusados compareceu ao julgamento em liberdade, com a cabeça baixa e os rostos cobertos. Outros, no entanto, vinham de centros de detenção e assistiam às sessões atrás de uma barreira de segurança. Segundo psiquiatras, muitos dos acusados têm nível intelectual limitado ou claros problemas de adaptação social.
A maioria reconheceu os fatos e grande parte já está sob controle judicial. Alguns já tinham sido condenados no passado por abusos sexuais.
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