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Demora em nomear diretoria impediu perdas da Caixa
25/11/2010 | 07:27
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A demora do BC (Banco Central) em aprovar a nova diretoria do PanAmericano impediu que a Caixa Econômica Federal também tivesse que aportar recursos para ajudar a cobrir o rombo de R$ 2,5 bilhões na instituição financeira, que teve 49% de suas ações adquiridas pelo banco público em dezembro do ano passado. O Grupo Silvio Santos, acionista controlador do PanAmericano, assumiu todo o passivo.

"O problema foi detectado e solucionado a tempo, antes da aprovação final do BC dessa fusão, antes do BC aprovar a posse dos diretores e conselheiros. A partir daí é que se institui a responsabilidade solidária da Caixa ao passivo do banco. E isso vai além de R$ 700 milhões", afirmou ontem o presidente do BC, Henrique Meirelles, durante audiência pública no Senado para explicar a operação de compra de parte do PanAmericano pela Caixa. Também esteve presente a presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho.

Em dezembro, a Caixa, por meio do braço financeiro CaixaPar, pagou R$ 739,2 milhões por 49% do controle acionário do PanAmericano.

O negócio foi firmado após passar por várias auditorias internas e externas. A aprovação do BC, no entanto, só veio em julho. Para acelerar a entrada no PanAmericano, em agosto, a Caixa enviou à autoridade monetária toda a documentação, inclusive nomes da diretoria, para a conclusão do negócio. Para sorte do banco público, a autoridade monetária só aprovou a posse da nova diretoria em novembro - no dia em que foi injetado recursos no PanAmericano para que fosse resolvido o problema das "inconsistências patrimoniais". Ou seja, demorou três meses para aprovação.

Segundo um técnico do BC, não houve demora na aprovação dos nomes para o PanAmericano porque há burocracia no processo. Na avaliação do técnico, autoridade monetária só poderia levar adiante o processo quando o problema no PanAmericano estivesse totalmente resolvido.




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