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BC divulga indicador mensal de crédito rotativo do cartão

Índice será informado no site do banco e envolve as 15 instituições que, juntas, detêm 80% do mercado

Nilton Valentim
09/03/2024 | 07:01
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 O BC (Banco Central), por meio de seu chefe do Departamento de Estatísticas, Fernando Rocha, explicou ontem que a instituição passará a divulgar um novo indicador de crédito mensal, mostrando o limite do montante de juros e encargos financeiros em cartão de crédito, por causa da lei do Desenrola que determinou que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida. 

O indicador será publicado mensalmente, no mesmo dia das estatísticas de crédito, representando o resultado do mês anterior.

Ele destacou que o novo indicador mostra que mercado de cartão de crédito é heterogêneo. “O objetivo do novo indicador é acompanhar, em termos econômicos, o que foi disposto na lei e na resolução do CMN. Mas fica evidente que esse indicador não substitui e não é comparável com as taxas de juros divulgada nas estatísticas de crédito, que refletem as situações contratuais no momento da contratação da dívida”, disse ele.

Rocha afirmou que cada instituição financeira, ao final de cada mês, fará um levantamento de todas as operações de crédito de cartão rotativo e parcelado, para obter duas informações: o valor nominal no dia em que a dívida foi contratada e quanto essa dívida tem acumulado em juros e encargos financeiros, que será dividido pelo valor original da dívida. Isso vai gerar um porcentual, que ordenado de modo crescente será informado ao BC os indicadores referentes a 25%, 50%, 75% e 99%, que é o valor da divisão dos juros acumulados em relação à dívida no período de tempo avaliado).

O BC selecionou 15 instituições financeiras, que representam 80% do mercado de crédito, e a partir desta sexta essa divulgação será feita individualmente.

Alexandre Damásio, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Caetano, destaca que além de informar os juros, seria importante que o consumidor soubesse como fazer a portabilidade para uma instituição que tivesse a taxa mais baixa. “A minha crítica aqui é que, já temoso parcelamento do cartão de forma automatizada, mas se no banco qual eu tenho conta eu descubro que é muito mais caro como é que eu faço essa portabilidade para outro mais barato”. (com Estadão Conteúdo)




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