A Biblioteca Central de Diadema terá uma gibiteca. No próximo dia 9, o local passará a contar com 1.000 quadrinhos de diferentes gêneros literários, após organização dos acervos conquistados por meio de doação, em um espaço redecorado para o público. No dia da abertura, os escritores e ilustradores Thina Curtis e Claudio Alves apresentarão oficinas criativas e palestras sobre o mundo dos quadrinhos.

“Recentemente, recebemos mais de 200 exemplares doados pelo dono do canal sobre HQs Multiverso 38, Rafael Belmonte, participamos no ano passado de dois editais, um deles do Maurício de Sousa”, afirma a coordenadora da rede das bibliotecas de Diadema e organizadora deste novo espaço, Ruymar Marazo. “As doações foram ficando paradas e pensamos então em fazer uma gibiteca, organizando o acervo disponível”, diz Ruymar.

Para pegar um dos títulos emprestados, os interessados devem realizar o cadastro do local, podendo retirar até dois exemplares simultaneamente, com período de empréstimo de 15 dias. Alguns dos volumes não serão emprestados devido à raridade, como os títulos de Marcelo D’Salete, que autografou uma série de livros disponíveis no local durante a última Flid (Feira do Livro e Literatura de Diadema). Apesar da restrição, os títulos poderão ser lidos no local. 

O evento de abertura oficial do espaço acontece no próximo sábado, dia 9, às 10h, com a presença de nomes como a andreense Thina Curtis, fanzineira, poeta, roteirista, arte-educadora e produtora cultural, ela foi uma das convidadas do Artist’s Valley by Bis na CCXP23, ao lado de outros grandes quadrinistas do Brasil e do mundo, e também o quadrinista Claudio Alves, que representa Diadema na festividade. Ele é autor dos livros Reino Vazio, Última Chance e Do Outro Lado.

O local conta com um acervo robusto de cerca de 1.000 títulos, com obras de grandes marcas, sobre terror, romance, ficção, humor, releituras de clássicos, policiais, filosóficos, históricos e infantojuvenis. Ruymar destaca que a diversidade nas obras do espaço, que não se limita apenas aos títulos relacionados a super-heróis e conta com releituras de grandes livros, como o Diário de Anne Frank.

“Nessa era de internet, onde ficamos mais distantes dos livros, é muito importante termos um espaço como este para os jovens. Um espaço assim aproxima, primeiro porque é um local colorido, que chama a atenção, e já temos percebido interesse mesmo sem a gibiteca estar aberta” diz Ruymar. “Quem lê fala, escreve e raciocina melhor. A leitura só tem benefícios”, complementa.

A Biblioteca Central recebeu intervenções para adaptar o espaço para a gibiteca. O local agora reúne também as obras relacionadas ao público infantil e infantojuvenil, além de decoração que remete à faixa de idade, como as novas mobílias, e a personagens clássicos, como o conjunto de almofadas de Harry Potter. A coordenadora afirma que a nova estrutura tenta trazer o público alvo ao espaço, mantendo-se como um local lúdico. A expectativa é de que a gibiteca possa realizar integração junto aos alunos da rede municipal.