Política Titulo São Bernardo
Ministério Público arquiva denúncia de nepotismo na Câmara Municipal

Representação era contra os assessores Vandison da Silva e sua esposa

Da Redação
27/02/2024 | 10:10
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FOTO: Reprodução


O Ministério Público arquivou representação feita contra Vandison da Silva, chefe de gabinete do presidente da Câmara de São Bernardo, Danilo Lima (PSDB), por prática de nepotismo pelo fato de sua mulher, Daiane Gomes Lopes, trabalhar no gabinete do vereador são-bernardense Dr. Manuel Martins (Cidadania).

A peça, assinada pela promotora Daniele Recchi, aponta que, embora ambos trabalhem no mesmo local - a Câmara de São Bernardo - o nepotismo está descaracterizado porque não há “vinculação hierárquica ou de subordinação, vez que o gabinete da presidência está no mesmo nível hierárquico que os Gabinetes dos Vereadores, não possuindo o chefe de gabinete atribuições para avaliar assessores de outros gabinetes, tratando-se de unidades autônomas”.

A denúncia feita ao MP indicava que Vandison havia atuado como cabo eleitoral do vereador Jorge Araújo (PSD), nomeado no gabinete do pessedista até 2023, quando foi alçado ao gabinete da presidência da Casa com a eleição de Danilo Lima. Com essa ascensão, a representação apontava que o nepotismo estava caracterizado porque ele teria influência no trabalho de Daiane, que estava no gabinete de Dr. Manuel.

"Vandison da Silva, que supostamente estaria em grau hierárquico mais elevado, de acordo com a denúncia, foi nomeado quase dois anos após o pleno exercício das funções na Câmara dos Vereadores por sua esposa, Daiane, de forma que não há como perquirir qualquer interferência desta na nomeação daquele”, entendeu a promotora.

Daniele também decidiu arquivar outra investigação, de que Vandison havia sido indicado ao gabinete da presidência por arranjo político devido por “suposto envolvimento em fraudes a licitações”. No entendimento da promotora, não houve apresentação de provas que pudessem robustecer a apuração.

“A informação é demasiadamente vaga e não permite a continuidade de investigações neste procedimento. Não se olvida, ainda, que, conforme noticiado, já há investigação autônoma em relação a Jorge Araújo pelo Ministério Público. O mero fato de haver ‘comentários nos corredores da Câmara’ não traz elementos mínimos de orientação quanto a possíveis diligências ou sobre eventuais violações a normas cogentes”, concluiu.




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