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Em janeiro, região registra uma morte a cada dois dias no trânsito

Grande ABC tem 16 óbitos em ruas e rodovias, com destaque para os motociclistas, com sete, e os idosos entre 60 e 69 anos, com três

Renan Soares
27/02/2024 | 09:06
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FOTO: Celso Luiz/DGABC, 17/11/2023


O trânsito do Grande ABC registrou uma morte a cada dois dias no primeiro mês deste ano, segundo o InfoSiga, sistema de monitoramento do governo estadual gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo). No período de 1º a 31 de janeiro de 2024 foram registrados 16 óbitos na região, com destaque para os motociclistas, que representam quase metade das ocorrências, com sete, e os idosos entre 60 e 69, que figuram entre a segunda faixa etária com mais sinistros, com três.

Do total de 16 mortes, 62,5% ocorreram nas vias públicas das cidades (10). A maioria das vítimas dirigia motocicletas (7), eram homens (14) e tinham entre 30 e 39 anos (4). As colisões foram o tipo mais comum de ocorrência, com seis registros. Apenas três cidades da região registraram óbitos no período. São Bernardo apresentou o maior número, com sete mortes, seguida de Diadema, com cinco, e Santo André, com quatro. O número total é menor que o registrado em 2023, de 19.

Para Pedro Borges, Head de Mobilidade Segura do Observatório Nacional de Segurança Viária, o público idoso, segundo mais atingido, deve “redobrar a atenção como condutor e pedestre, considerando algumas das dificuldades mais comuns a essa faixa etária: problemas de visão, audição e reflexos”. Como condutor, o especialista orienta reduzir a velocidade praticada, mantendo velocidades que sejam mais seguras, por mais que o limite da via permita uma maior, facilitando o tempo de reação a possíveis situações de conflito.

Em relação a acidentes, a região registrou 567 ocorrências em janeiro, número 5% menor que o registrado no mesmo período de 2023, com 599. Já o Estado de São Paulo apresentou alta de 2% no número total de acidentes no trânsito no primeiro mês do ano, já que houve 13.689 ocorrências neste período em 2023, ante 13.948 neste ano.

MOTOCICLETAS

No primeiro mês do ano, a morte de motociclistas representou quase metade do total. Segundo a IZA Seguros, seguradora digital brasileira focada em profissionais autônomos e empresas que trabalham com este tipo de profissionais, os tradicionais motoboys ficaram - em média - 41 dias afastados de suas atividades em 2023 por conta de acidentes durante sua atuação. 

O estudo analisou o comportamento de mais de 500 mil entregadores autônomos durante dez meses de 2023 em todo território brasileiro, que prestam o serviço de delivery como parceiro de plataformas digitais ou diretamente para empresas como restaurantes.

Entre os períodos de afastamento com maior representatividade estão 30 dias (16%), 15 dias (16%), 90 dias (11%), 60 dias (11%), 5 dias (14%) e 10 dias (10%). 

Entre os motivos de afastamento estão lesões de diversos níveis de gravidade e que necessitavam do tempo de repouso para que as pessoas fossem integralmente recuperadas.

Segundo Gabriel de Ségur, CEO da IZA, este tempo de afastamento se torna ainda mais relevante quando estes profissionais não possuem outra fonte de renda e que - na maioria das vezes - são o principal mantenedor de seus lares. 

“Quando se trabalha por conta própria, ficar um dia afastado da sua atividade é uma oportunidade a menos de rendimentos e isso impacta de forma muito relevante na saúde financeira e planejamento e, agora , alisamos que o tempo médio ultrapassa 40 dias e que os acidentes têm se tornado cada vez mais comuns, diz.




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