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Segunda vice-presidente da Espanha, Yolanda Díaz se pronuncia sobre sentença de Daniel Alves: - Chega de machismo, de agressões sexuais
22/02/2024 | 16:11
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Após a condenação de Daniel Alves, diversas figuras espanholas se manifestaram sobre a sentença dada ao jogador de futebol, que foi de quatro anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro. Segundo informações do jornal El Diário Montañés, a segunda vice-presidente da Espanha, Yolanda Díaz, afirmou esperar que o resultado do julgamento sirva como medida exemplar para todos os comportamentos machistas cometidos contra mulheres.

A política, que também é ministra do Trabalho e Economia Social, disse:

- Neste país, acabou. Chega de machismo, de agressões sexuais e espero, como tudo na esfera política, que isto sirva de medida exemplar para todos os comportamentos sexistas que as mulheres sofrem em todas as áreas das nossas vidas.

Irene Montero, ex-ministra da Igualdade, também se manifestou. Em uma publicação nas redes sociais, compartilhou sua opinião sobre a condenação de Daniel:

A sentença contra Dani Alves estabelece claramente que ele cometeu agressão sexual porque a vítima não deu consentimento. Este é o resultado da luta feminista pelo direito à libertação sexual e pela concessão do consentimento no centro. Acabou a impunidade. Só o sim é sim. O apoio à vítima por parte das instituições e da sociedade, para que a sua credibilidade não dependa do processo judicial e a garantia do seu direito à reparação também são mudanças essenciais do Só o sim é sim. No modelo penal anterior, um ato sexual sem consentimento não era punível como agressão sexual (a violência tinha de ser provada). E a maioria dos agressores ficou impune nos processos judiciais ou no tribunal social que interrogou a vítima e não o agressor.

E continuou a comentar o caso do atleta:

Até agora, muitos agressores sentiam-se impunes devido ao seu poder, à sua posição social ou às normas culturais que não prejudicavam a credibilidade da vítima. Espanha está a mudar e ainda há muito por fazer, o silêncio das mulheres e a impunidade dos agressores acabaram. Continuemos a avançar na defesa do nosso direito à liberdade sexual, construindo uma cultura de consentimento e feminismo. Que a reação sexista, mesmo que venha fortemente do poder judicial, midiático ou político, não nos faça duvidar de nossas outras coisas. Só o sim é sim.




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