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Gerente administrativo da Estácio de Sá é indiciado
Do Diário OnLine
23/05/2003 | 18:02
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O delegado da Delegacia de Repressão de Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro, Luiz Alberto Andrade, indiciou no início da noite desta sexta-feira o gerente administrativo da Universidade Estácio de Sá, Marcelo Mariano. Ele responderá pelo crime de fraude processual, já que teria pedido alteração nas fitas do circuito interno da instituição de ensino.

O anúncio foi feito pelo chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, depois da acareação entre Marcelo Mariano e o gerente de tecnologia da Tele-Segurança, Carlos Ferreira Duarte.

Duarte disse, em depoimento à polícia, que o gerente administrativo lhe pediu para adulterar as imagens gravadas por pelo menos uma câmera no dia da troca de tiros. No entanto, ele teria se recusado a atender à solicitação.

O gerente da Tele-Segurança também revelou à polícia que no dia do crime um perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli foi impedido de ver imagens das câmeras 10 e 12, sob a alegação de que atrapalharia a gravação das imagens. Porém, ele disse não saber quem impediu o perito de ver as imagens, mas afirmou que estava na sala de Mariano o policial Marco Ripper, indiciado por prevaricação.

No último dia cinco de maio, um tiroteio dentro do campus da Universidade Estácio de Sá, zona Norte da capital fluminense, feriu a estudante de enfermagem Luciana Gonçalves de Novaes, 19 anos. Ela foi baleada na altura do maxilar e a bala se alojou na coluna vertebral. São grandes as possibilidades de ela ficar tetraplégica.

Investigações – O perito Ricardo Molina, da Universidade de Campinas (Unicamp), afirmou nesta manhã que é importante que todas as fitas do sistema de câmeras da Estácio de Sá sejam analisadas. Ele disse ainda que a pessoa que apagou as imagens tinha algum conhecimento em informática e que as cenas não foram excluídas por acidente.

De acordo com o perito, as imagens poderão ser recuperadas se ainda estiverem no disco rígido dos computadores da universidade. Molina afirmou que os resultados das investigações serão divulgadas no prazo máximo de 30 dias.




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