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Moradores aguardam solução após obra danificar casas em Santo André

Munícipes têm tido dor de cabeça com problemas como rachaduras nas paredes e solo, além de infiltrações, incluindo de água barrenta

Beatriz Mirelle
Renan Soares
Do Diário do Grande ABC
01/02/2024 | 07:00
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Alessandro Beraldi, 48 anos, é morador e mostrou ao Diário as rachaduras causadas pelas obras (FOTO: Celso Luiz/DGABC)


Moradores do Jardim Jamaica, em Santo André, esperam soluções para uma dor de cabeça causada por obras para construção de prédios. Iniciada em 2022, as intervenções causaram uma série de problemas nas residências localizadas próximas ao local do futuro edifício, na Rua Doutor Pedro Ribeiro, como rachaduras nas paredes e solo, além de infiltrações, incluindo de água barrenta. Segundo moradores, a construtora Sousa Araújo, responsável pela obra, informou que traria soluções até o fim de janeiro, no máximo, o que não aconteceu.

O Diário visitou as residências e constatou os fatos denunciados pelos munícipes. Em diversas casas é possível notar a rachadura, que segue no mesmo sentido em cerca de 10 residências. Alessandro Beraldi, engenheiro de 48 anos e morador comenta que o fato aconteceu após o desnivelamento do solo, segundo revelado pelos próprios responsáveis pelo projeto. A diferença causaria as rachaduras, e explicaria as infiltrações e acúmulo de água em partes onde o solo está abaixo do nível normal. <TB>Conforme explica Marcos Costa, 50 anos, gerente de projetos, a situação piorou entre agosto e setembro de 2023, já que foi no período em que as fissuras nas paredes do fundo das casas apareceram devido ao processo de fundação dos novos prédios. 

“Isso foi se agravando a cada semana que íamos medir as rachaduras. Comunicamos os engenheiros da obra. Eles fizeram as visitas, mas, logo em meados de novembro, quando foram parando as chuvas e fundações, as rachaduras se estabilizaram. Então, não houve mais aumento”, afirma o morador.

Segundo Costa, a construtora tem indicado alguns engenheiros para fazerem visitas e orçamentos de reparo dessas rachaduras. Em janeiro, a construtora pediu para ele documentações para mandar para a seguradora que vai ressarcir os munícipes. 

Outro morador, que preferiu não se identificar, não concorda com a forma com que a construtora tem tentado resolver a questão. “Estão pedindo para nós um monte de documentos. É só eles virem aqui resolver, não vou ficar passando documentação da minha casa sem saber com quem estou lidando”, diz.

Já o técnico administrativo Murilo Cardoso, 39, não teve prejuízos com paredes trincadas, mas reclama da quantidade de barro que entra no quintal, principalmente em dias chuvosos. “Chegamos a comunicar a construtora e eles falaram que poderiam enviar alguém para limpar o meu quintal, mas limpar não vai resolver o problema.” 

Os moradores chegaram até a criar um grupo em rede social para debater e denunciar o tema e, de acordo com eles, a promessa era que as intervenções de correção do desequilíbrio fossem realizadas até o fim de janeiro. A construção fica localizada na Rua Ernesto Nazareth.

Questionada pelo Diário, a construtora Sousa Araújo lamentou o ocorrido e afirmou que todas as medidas cautelares foram tomadas antes do início das obras do empreendimento. 

Na resposta, a empresa diz que, após vistorias, “reparos já foram iniciados”, com previsão de conclusão em até 90 dias. A equipe de reportagem, porém, não constatou movimentação no local.




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