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Região poderá ser beneficiada com plano de industrialização

Programa federal foi apresentado em Brasília e prevê liberação de R$ 300 bilhões em linhas de crédito para modernização dos setores

Nilton Valentim
22/01/2024 | 19:59
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Divulgação


O Grande ABC poderá se beneficiar com o NIB (Nova Indústria Brasil), programa de incentivo ao setor industrial lançado ontem, em Brasília, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O plano prevê metas e ações que têm como principal objetivo estimular, até 2033, o desenvolvimento do País por meio de estímulos à inovação e à sustentabilidade em áreas estratégicas para investimento. Serão disponibilizados R$ 300 bilhões em linhas de crédito até 2026.

O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira, esteve no lançamento, em Brasília, e participou das reuniões do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), responsável pela elaboração do NIB durante o segundo semestre do ano passado.

O NIB é composto por seis missões: cadeia agroindustrial, saúde, bem estar das pessoas (que envolve infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade), transformação digital, bioeconomia e defesa. 

“A gente vai ter de olhar as missões e ver como poderemos participar delas a partir do Grande ABC. Reorganizando cadeias produtivas existentes ou pensando em atrair novos investimentos para as cadeias que forem criadas. A partir daí, começar a dialogar com os instrumentos dessa nova política industrial”, afirma.

O primeiro passo deverá ser no sentido de dotar as micro, pequenas e médias empresas com tecnologia de ponta. “É preciso pensar e dar suporte para as empresas. Depois, pensar como descarbonizar, não só os produtos que elas fabricam, mas o processo produtivo. E assim ir conectando com as cadeias”, afirmou.

Na área da saúde, Oliveira destacou que, depois da Capital, Santo André é a cidade com mais equipamentos de saúde no Estado de São Paulo, que São Caetano também se destaca neste segmento, principalmente na área laboratorial e que a região tem histórico na área da defesa.

Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wellington Damasceno vai na mesma linha de pensamento. “O Grande ABC, que é uma região com uma industrialização mais madura, vai ter de discutir, debater, juntar os vários atores da região para ver como pode se beneficiar desta política, que é importante, mas que não tem um detalhamento para regiões como a nossa, que necessita de um salto tecnológico e precisa de novos investimentos em produtos. Mas é importante que o poder público, universidades, sindicatos e empresas se unam e procurem a melhor forma de utilizar essa política”, afirma.

LULA

“Para se tornar mais competitivo, o Brasil tem de financiar algumas das coisas que ele quer exportar. Essa reunião mostra que finalmente o Brasil juntou um grupo de pessoas que vai fazer com que aconteça uma política industrial. E que muito dela virá por meio de parcerias entre a iniciativa privada e o poder público. Que a gente possa cumprir isso que a gente escreveu no papel”, afirmou o presidente Lula durante o evento.

Ele também cobrou os ministros para que se expandam fronteiras de maneira comercial para que o País mostre o verdadeiro potencial. “Nós precisamos também fazer com que os empresários brasileiros acreditem um pouco no Brasil”, afirmou.




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